O F. C. Porto continua muito bem encaminhado para o principal objetivo da época - a seis jornadas do fim, tem seis pontos de vantagem sobre o Sporting -, e a corrida pelo título nacional pode conduzir a equipa de Sérgio Conceição a patamares raramente vistos no Velho Continente.
Corpo do artigo
Os dragões somam 56 jogos seguidos sem perder no campeonato, já igualaram o recorde nacional do Benfica da década de 1970 e estão a dois encontros de atingir a marca estabelecida pelo AC Milan.
Entre os seis principais campeonatos europeus - Portugal, Espanha, Itália, França, Inglaterra e Alemanha -, o recorde de invencibilidade pertence à equipa transalpina que, entre 1991 e 1993, somou 58 jogos sem perder na Serie A. Para igualar a marca, os azuis e brancos não podem perder frente a V. Guimarães (fora) e Portimonense (casa), sendo que para se tornaram na equipa mais invencível dos "big 6" têm de estender o percurso até à visita a Braga.
Dois acima dos 100
Estendendo a análise estatística, feita pelo site especializado "RSSSF", a toda a Europa, o recorde absoluto aconteceu na Roménia. O Steaua Bucareste esteve 104 encontros seguidos sem conhecer o sabor da derrota, entre 1986 e 1989, série que, curiosamente, surgiu depois do momento mais glorioso do emblema da capital romena. Em 1985/86, o Steaua conquistou a Taça dos Campeões Europeus, vencendo o Barcelona, no desempate por penáltis (2-0), após o nulo registado ao fim de 120 minutos no Estádio Sánchez Pizjuán, em Sevilha.
O Steaua ficou, ainda assim, a quatro jogos da melhor marca planetária, que foi registada no campeonato da Costa do Marfim. Entre 1989 e 1994, o ASEC Abidjan esteve 108 jogos sem perder, enquanto o terceiro lugar do pódio fica nas mãos de uma das ligas mais periféricas da Europa. O Lincoln FC, de Gibraltar, somou 88 partidas sem qualquer desaire.
A figura
André Silva, Arouca
Frente ao Gil Vicente marcou um dos golos mais icónicos do campeonato: um chapéu de abas muito largas, desenhado ainda antes da linha do meio-campo. André Silva, de 24 anos, já soma nove golos esta época.
O caso
"Penálti sobre Paulinho é complexo, mas foi bem decidido", Paulo Pereira, ex-árbitro
"A decisão do árbitro de exibir o cartão amarelo explica-se pelo teatro que o Paulinho fez na queda, porque arrasta o pé e cai de forma pouco convencional quando o guarda-redes sai. Nas imagens não é absolutamente claro o contacto, por isso foi pouco coerente a intervenção do VAR que só deve intervir caso haja um erro claro e óbvio. No entanto, é possível ter existido efetivamente um contacto por causa do comportamento dos jogadores do Paços e do próprio guarda-redes. Lance complexo, mas parece ter sido bem decidido".