Avançado continua demolidor no Manchester City e faz história na Premier League. Aos 22 anos, já marcou 167 golos.
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Alan Shearer ainda é o maior goleador da história da Premier League. Ao serviço de Southampton, Blackburn Rovers e Newcastle, marcou 260 golos, recorde que ninguém, desde Wayne Rooney (208), passando por Lampard (177) e Thierry Henry (175) e acabando em Sergio Aguero (184), foi capaz de sequer colocar em risco. Dos jogadores no ativo, Harry Kane é o que está mais perto, embora os 167 golos do jogador do Tottenham ainda não sejam muito ameaçadores.
O problema para Shearer tem outro nome e até o recordista já parece resignado: "Erling Haaland, faltam 258", escreveu no Twitter, depois de o norueguês ter bisado na estreia na liga inglesa. Depois disso, marcou mais oito. Em cinco jogos......
O comentário de Shearer pode ter sido premonitório ou irónico, mas é, isso é difícil de contestar, sintomático de algo que começa a ser unânime: se há alguém capaz de bater todos os recordes de golos é Haaland. E tanto faz que se esteja a falar da Premier League, da Liga dos Campeões ou de seleções; a previsão é válida para tudo.
Os 815 golos que Cristiano Ronaldo já marcou profissionalmente parecem inalcançáveis, tal como os 140 que o português acumula na Champions ou os 117 que tem pela seleção portuguesa. Haaland, contudo, obriga a duvidar de que esses registos não estejam em causa. Aos 22 anos (e cumpridos em julho), o novo craque do Manchester City já marcou 167 vezes (em 211 jogos).
Pela seleção norueguesa, leva 20 (em 21 internacionalizações) e na Liga dos Campeões já conta 25 golos, em 20 jogos: para se ter uma ideia desta gradiosidade estatística, dizer que CR7 não marcou nenhum no mesmo número de jogos.
Guardiola agradece
Antes de chegar ao Manchester City, Haaland marcou 29 golos em 27 jogos pela RB Salzburg. Seguiram-se duas épocas e meio no Borussia Dortmund e mais 86 golos (em 89 jogos). Mesmo assim, houve quem lhe antecipasse dificuldades de adaptação ao estilo de jogo de Pep Guardiola, dúvidas que subiram de tom depois de não ter marcado na estreia oficial, na Supertaça inglesa que o Liverpool ganhou, mas que tiveram resposta imediata. Nos sete jogos seguintes, o prodígio, que na formação, entre o Bryne e Molde, até chegou a ser defesa e na juventude também praticou andebol, marcou em seis deles e, claro, alcançou feitos históricos. Tornou-se no primeiro a marcar 10 golos nas primeiras seis jornadas da Premier League e o que precisou de menos jogos (5) para assinar dois hat-tricks. Demolidor!