Outra saída precoce da Champions provoca mais uma crise no PSG. Treinador, Luís Campos e Messi juntam-se às vítimas
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França Não se sabe quem, nem quando, nem como ficou estipulado que, para alguns clubes, tudo o que não seja ganhar a Liga dos Campeões é condenar uma época à irrelevância, quando não ao fracasso, mas o Paris Saint-Germain, que, com os seus atos, investimentos e dizeres, também não ajudou a abafar esta ideia, foi no engodo. E assim, no início de março, tal como em anos recentes, está submerso noutra crise, que coloca tudo e (quase) todos em causa e que promete outra revolução, mais ou menos profunda, para o defeso que se segue. Christophe Galtier deve ser o próximo treinador a cair, Luís Campos também está em risco, a continuidade de Lionel Messi está ameaçada, com muitos adeptos a desabafarem um "não, obrigado".
O PSG está a caminho do nono título de campeão francês nos últimos 11 anos, mas há muito que isso é desenxabido. É, considera-se, o mínimo dos mínimos dos mínimos para quem tem investido como quase ninguém em jogadores, suporta muitos dos mais altos salários do futebol mundial e convence treinadores de primeira apanha, como Carlo Ancelotti, Thomas Tuchel ou Maurício Pochettino. Só que juntar os melhores, gastar oceanos de dinheiro, não chega. Há duas épocas, Sergio Ramos e Lionel Messi, fartos de ganhar troféus no Real Madrid e no Barcelona, também se juntaram ao clube e acreditou-se que com eles trariam o que vinha faltando para concretizar o objetivo Liga dos Campeões. O resultado foram duas eliminações logo nos oitavos de final, com Real Madrid e Bayern Munique a ajudarem a evidenciar fragilidades que persistem, independentemente dos jogadores, dos treinadores e dos dirigentes que por lá passam.
Na temporada passada, por esta altura, era o futuro de Mbappé; este ano, é o de Messi; na época passada, era saber quem sucederia a Pochettino; nesta, é a continuidade de Christophe Galtier que está longe de ser garantida. Cada eliminação da Liga dos Campeões é o início de confusão, indefinição e especulação em torno do futuro do PSG; cada eliminação é o fim do "novo projeto" que teve início há meses mas que é tão frágil que se desmorona à primeira. E, ao que tudo indica, este ano não será diferente. Inclusive Luís Campos, contratado para dar algum sentido à política de transferências, está em risco. E Messi, em final de contrato, assobiado pelos próprios adeptos e criticado por comentadores, parece destinado a uma despedida pouco airosa e a não deixar saudades, caso não renove o contrato que está prestes a terminar. O PSG, este de Nasser Al-Khelaifi e do Catar, tem salvação?