O senegalês Lamine Diack, presidente da Federação Internacional de Atletismo entre 1999 e 2015, é acusado pela justiça francesa de corrupção.
Corpo do artigo
O caso terá a ver com a campanha antidoping da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), informaram, esta quarta-feira, fontes judiciais.
Dois juízes parisienses acusam ainda no mesmo processo o advogado de Lamine Diack, Habib Cissé, e um médico da IAAF ligado às medidas de combate ao doping está sob custódia, para ser ouvido.
Diack, de 82 anos, apenas deixou a IAAF este ano, quando em agosto de 2015 o britânico Sebastian Coe venceu o ucraniano Sergei Bubka nas eleições para a presidência.
O antigo presidente do atletismo mundial é acusado de corrupção passiva e branqueamento, num processo em que Habib Cissé seria o primeiro responsável, mas ambos não se encontram detidos.
Em 2014, o filho de Diack, Pape Massata Diack, um dos responsáveis pelo marketing na federação internacional e com o direito exclusivo nos patrocínios para países em desenvolvimento, já tinha sido forçado a deixar o organismo.
Na ocasião, Massata Diack foi implicado num caso de corrupção, que visava encobrir casos de doping na Rússia e que envolveu também o tesoureiro da IAAF e presidente da Federação russa, Valentin Balaknichev, igualmente forçado a sair.
A situação que envolve agora Lamine Diack e Habib Cissé resulta de um relatório levado a cabo pela Agência mundial antidoping e que foi entregue em agosto às autoridades financeiras francesas.
Após um inquérito inicial, as investigações foram entregues aos juízes de instrução para delitos fiscais.