A contratação do avançado brasileiro Walter subiu o global das compras de verão do F. C. Porto para os 24,5 milhões de euros. Um montante idêntico ao investido na época passada em aquisições, mas, então, encaixando cerca de 70 milhões de euros em vendas.
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O negócio de João Moutinho com o Sporting já indiciara a vocação compradora dos dragões na nova época, com um investimento de 10 milhões de euros, a mais alta transferência de sempre entre dois clubes nacionais.
Walter, anteontem à noite confirmado como reforço do F. C. Porto, é o segundo mais alto investimento. Os dragões pagaram seis milhões de euros por 75% do passe do ex-jogador do Internacional de Porto Alegre, fazendo subir as verbas com transferências para 24,5 milhões de euros. Pelo meio, tinham gasto 5,1 milhões de euros com James Rodríguez e três milhões por Souza. Ou seja, um total de 24,1 milhões de euros. Sereno, outra cara nova, chegou a custo zero. Já o valor do guarda-redes Kieszek não foi revelado. Mas aos gastos tem ainda de se somar o valor pago à Académica por Emídio Rafael (400 mil euros), o que totaliza 24,5 milhões de euros, verba atingida a um mês do fecho do mercado de Verão e ainda com contratações em aberto. É que, sabe o JN, pode chegar um central, quando estiver consumada a saída de Bruno Alves...
Há um ano, os dragões investiram 24,8 milhões de euros em aquisições, mas encaixaram 70 milhões em transferências, quando agora estão em branco.
Walter estreou-se ontem nos trabalhos do F. C. Porto, após ter sido assegurada a sua contratação. O avançado internacional sub-20 brasileiro evoluiu de manhã no Olival, sob as ordens de André Villas-Boas, e hoje deverá ser incluído nas escolhas do técnico, para o Torneio de Paris.
Depois da novela que foi a sua contratação, o Internacional criticou, ontem, a postura de Walter. “Incomodei-me muito. Foi uma postura lamentável de várias pessoas no processo. No fim, acedi a vendê-lo ao Rentistas [clube do Uruguai, propriedade de Juan Figer], sabendo que ele iria para o F. C. Porto”, disse o presidente do clube, Vitorio Piffero. “Walter forçou a saída, instruído pelo seu empresário, criando um péssimo clima no balneário. Ou aceitávamos uma proposta, ou o jogador ficaria mais três anos só a correr à volta do relvado”, acrescentou Piffero.