Andreu Camps, secretário-geral, adverte para o corte de relações com o organismo gestor do futebol na Europa, caso a entidade não esteja do lado de Rubiales, presidente da Federação Espanhola de Futebol.
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De acordo com a rádio espanhola Onda Cero, em causa estará a participação das equipas espanholas das competições sobre a tutela da UEFA. Esta tomada de posição inclui a exclusão da seleção no que diz respeito ao próximo Europeu de futebol.
Andreu Camps aponta, ainda, o dedo aos membros do Governo espanhol, referindo que estes defendem comportamentos drásticos, tal como a demissão de Luis Rubiales.
Dos membros do Governo com um papel ativo nesta polémica estão Yolanda Díaz, vice-presidente, assim como Miquel Iceta, ministro da Cultura e Desportos e Víctor Franco, presidente do Conselho Superior de Desportos (CSD). Curiosamente, figuras que tinham tomado uma postura totalmente contrária, relativamente a Rubiales, na mediação de conflitos noutros organismos desportivos espanhóis.
À mesma rádio, um político espanhol, que preferiu manter o anonimato, lembra uma decisão semelhante à que "Villar fez com Blatter na altura". "A única intenção de Camps é fazer com que a UEFA ameace o Governo espanhol com a suspensão da RFEF e a consequente exclusão de todas as competições europeias", referiu.
Os estatutos da UEFA frisam que as federações "devem gerir os assuntos de forma independente e sem influência indevida de terceiros. Qualquer órgão ou decisão de um órgão que não tenha sido eleito ou nomeado em conformidade com este procedimento, mesmo que a título provisório, não será reconhecido pela UEFA".