Treinador continua a ter a confiança da Federação apesar da eliminação precoce no Euro 2020.
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Alvo de muitas críticas no Euro 2020, Fernando Santos continua no comando técnico da seleção, pelo menos, até ao Mundial no próximo ano, que se realiza no Catar. Com contrato até 2024, o selecionador venceu duas competições - Euro 2016 e Liga das Nações 2019 - mas as decisões no banco e os resultados têm sido questionados na hora do adeus ao Campeonato da Europa, nos oitavos de final, na pior prestação de sempre da equipa das quinas nesta competição.
Desde logo ressalta o facto de, em 15 duelos nas últimas três grandes competições, Portugal só ter vencido três nos 90 minutos. Aconteceu com o País de Gales, no Euro 2016; frente a Marrocos, no Mundial 2018; e agora diante da Hungria, no Euro 2020. Já derrotas foram também três: Uruguai, há três anos; Alemanha e Bélgica, neste Europeu. Apesar das vicissitudes, a estrutura da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) mantém a total confiança em Fernando Santos, sabe o JN, até porque Portugal saiu do Europeu num jogo, frente à Bélgica, e realizou uma exibição razoável, tendo, porém, falhado na eficácia ofensiva.
No Mundial de 2018, a seleção saiu também nos oitavos de final, aos pés do Uruguai, mas pelo meio conquistou a Liga das Nações, após ganhar à Suíça, nas meias-finais, e à Holanda, na final. Um seguro para o selecionador, mas que pode durar só até Mundial 2022, cuja fase de apuramento está, neste momento, bem encaminhada. No Catar, uma eventual eliminação na fase de grupos, ou novamente nos oitavos, pode conduzir a uma reflexão da FPF.
Renovação em marcha
Paulatinamente, Fernando Santos terá de saber renovar determinados setores da equipa das quinas e contornar a veterania de alguns jogadores como Pepe, José Fonte, João Moutinho e Cristiano Ronaldo. Mas curiosamente nenhum deles planeia, para já, encerrar a carreira, o que permite ao selecionador poder convocá-los para o Mundial 2022, que se disputa de novembro a dezembro.
Reações
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República
"Mostrámos ser melhores que o número um do ranking mundial. Jogámos mais do que eles".
Fernando Gomes, presidente da FPF>
"Tenho imenso orgulho neste grupo porque lutámos com todas as forças para alcançar os nossos objetivos".