O português António Félix da Costa, vencedor da corrida de Fórmula 3 de 2012 do Grande Prémio de Macau, obteve, esta quinta-feira, o segundo posto da grelha nos primeiros treinos cronometrados para a corrida classificativa da Taça Intercontinental da FIA.
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A Taça Intercontinental da FIA é disputada no domingo como "prova rainha" do Grande Prémio de Macau, que este ano celebra o seu 60.º aniversário de corridas no circuito da Guia, uma pista de 6,1 quilómetros na cidade de Macau ladeada por muros e rails e sem grandes escapatórias, considerado um dos mais emocionantes e perigosos circuitos do mundo.
Nos treinos cronometrados de hoje, que irão "combinar" com a segunda qualificação de sexta-feira, Félix da Costa foi 111 milésimos de segundo mais lento do que o sueco Felix Rosenqvist, e 300 milésimos mais rápido que o britânico Alexander Sims.
Felix Rosenqvist fez a sua melhor volta à pista da Guia em 2.12,751 minutos, seguido de Félix da Costa, com 2.12,862 minutos e por Alexander Sims, com 2.13,196 minutos.
No final do treino, Félix da Costa disse aos jornalistas que guardou para sexta-feira os melhores pneus para a qualificação.
"Sexta-feira é, historicamente, o dia da verdadeira qualificação porque a pista melhora, tudo melhora. Foi exceção o ano passado quando fiz o meu tempo na quinta-feira, mas acho que este ano a pista está bem melhor, a evolução é bem maior e por isso guardamos os nossos pneus para amanhã [sexta-feira], não apostava estar tão na frente hoje", disse o português.
Félix da Costa, que em Macau, na Carlin, faz equipa com o malaio Jazeman Jaafar, o britânico Harry Tincknell, o canadiano Nicholas Lafiti e o espanhol Carlos Sainz Junior, defende a equipa e sustenta que, trabalhando todos juntos, poderão dar o "último 'step' para estar em primeiro".
"Se não der [a pole position] temos de estar ali perto porque em Macau acho que a pole position não é crucial, mas estar ali nos três ou quatro primeiros acho que é importante", assinalou.
Depois da vitória de 2012, Félix da Costa chega a Macau com o mesmo objetivo, mas considera que não é vantagem porque é o "piloto a abater", o que obriga a abstrair da "pressão" e a concentrar no objetivo final, porque "só conta o resultado no domingo".
Como adversários diretos, e após a primeira qualificação, Félix da Costa elege Felix Rosenqvist, segundo de 2012 e que hoje conquistou a pole provisória, bem como o britânico Alex Lynn, terceiro de 2012, mas que hoje bateu e acabou por não andar muito.
"É complicado. Mesmo aqui dentro da equipa temos pilotos muito fortes como Harry Tincknell, Sainz ou o Jaafar", fora outros, como o brasileiro Pipo Derani, colega do português durante vários anos.
Mas como 'prognósticos só no fim do jogo', Félix da Costa reserva para sexta-feira a definição dos adversários mais diretos.