O presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, foi, esta terça-feira, eleito para o Comité Executivo da UEFA, para um mandato de quatro anos, durante o 39.º congresso do organismo que rege o futebol europeu, em Viena, Áustria.
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Fernando Gomes, de 63 anos, foi mesmo o líder federativo mais votado, com um total de 48 dos 54 votantes (correspondentes a 88,8%) a escolherem o presidente da FPF, que garantiu um lugar no órgão executivo da UEFA logo à primeira volta.
Além de Fernando Gomes, foram também eleitos à primeira volta mais cinco candidatos: o húngaro Sándor Csányi (42 votos), o suíço Peter Gilliéron (42), o espanhol Ángel María Villar (42), o ucraniano Grigoriy Surkis (41) e o croata Davor Suker (34).
Com 12 candidatos para os sete lugares disponíveis no órgão de cúpula da UEFA, o búlgaro Borislav Mihaylov, o turco Servet Yardimci, o norueguês Yngve Hallèn, o islandês Geir Thorsteinsson, o escocês Campbell Ogilvie e o galês Trefor Lloyd Hughes vão discutir a última posição numa segunda volta.
Mihaylov, antigo guarda-redes internacional, que representou o Belenenses entre 1989 e 1991, foi mesmo o único dos quatro elementos que se recandidataram que não foi eleito à primeira volta, ao contrário de Gilliéron, Villar e Surkis.
Fernando Gomes tornou-se o quarto português a integrar o Comité Executivo do organismo, depois de Cazal-Ribeiro, eleito em 1968, Silva Resende, em 1984, e Gilberto Madaíl em 2007.
O atual líder federativo recebeu mesmo a melhor votação de sempre de um candidato português, uma vez que Cazal-Ribeiro foi eleito com 18 votos (em 32 possíveis), Silva Resende com 19 (em 34) e Gilberto Madaíl com 27 (em 52).
Em 2013, o líder da FPF foi candidato e tinha boas hipóteses de ser eleito - era um dos nove candidatos a oito lugares -, mas acabou por retirar a candidatura, o que levou o presidente da UEFA, Michel Platini, a nomeá-lo conselheiro especial do Comité Executivo.
O Comité Executivo da UEFA é composto por 15 elementos e, apesar de os mandatos se prolongarem por quatro anos, são realizadas eleições de dois em dois anos para escolher aproximadamente metade do elenco de cada vez.
Fernando Gomes e os outros seis líderes federativos que foram eleitos esta terça-feira vão manter-se em funções até 2019, mas dois anos antes, em 2017, vão realizar-se novas eleições para os escolher restantes oito membros.