Em entrevista ao jornal espanhol "Marca", Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), perspetivou, com otimismo, a participação da seleção lusa no Campeonato do Mundo que começa no próximo dia 20 de novembro, no Catar.
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"Espero uma equipa com máxima ambição. Com o talento que temos estamos obrigados a pensar em grande. Ganhar o Mundial é difícil, como foi ganhar o Europeu, em 2016. Todos sabemos que, nestas competições, a fronteira entre ganhar e perder é muito ténue, mas vamos tentar. Alguém disse uma vez que, para que um sonho se torne realidade, é preciso que alguém acredite. E nós acreditamos", afirmou o líder federativo, ao jornal desportivo espanhol.
Na mesma entrevista, Fernando Gomes realçou que "não será aceitável que haja discriminação de nenhum tipo, nem restrições à liberdade de imprensa durante o Mundial".
O líder da FPF assegurou que a FIFA já deu garantias, "durante uma reunião em outubro com a UEFA", sobre a questão da "segurança e inclusão" de todos no Catar.
"O Mundial do Catar decidiu-se há 12 anos, utilizando um modelo de votação diferente do que está vigente hoje em dia. A ideia era levar o Campeonato do Mundo a uma região geográfica que nunca havia recebido a principal competição de futebol, como se fez na África do Sul em 2010. Uma ideia meritória e que constituía uma oportunidade para o Catar. Infelizmente, já sabemos que as coisas não correram bem até agora", fez notar, salientando que "em relação aos trabalhadores migrantes e respetivas famílias, a posição é clara: "Há que fazer alguma coisa para os apoiar".
"O Mundial é um momento único pelo que representa, não só no que diz respeito ao futebol, mas pelo encontro de pessoas de todos os continentes, de diferentes culturas e credos, e isso é uma riqueza sem igual. Mas para que isso suceda, devem ser criadas condições. A FIFA e as autoridades locais garantiram que assim seria", realçou.
Questionado sobre a expectativa pessoal sobre o assunto, Fernando Gomes disparou: "Não será aceitável que haja discriminação de nenhum tipo, nem restrições à liberdade de imprensa durante o Mundial. Quando se candidatou, o Catar sabia o espírito e o ambiente em que se vive numa competição desta magnitude, por isso é necessário honrar esse compromisso. O Mundo vai estar muito atento ao que se vai passar no Catar".
Ainda na entrevista ao desportivo 'Marca', Fernando Gomes salientou que a candidatura de Portugal, Espanha e Ucrânia ao Mundial'2030 é a que "mais garantias oferece".