Selecionador garante rotação da equipa para os próximos jogos e afasta mau ambiente após processo disciplinar a Otávio e Diogo Costa.
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O calendário da Liga das Nações, que verá a seleção embarcar numa jornada de quatro jogos que começa hoje frente à Espanha (19.45 horas, RTP 1) e que termina no dia 12, com embate frente à Suíça, é "claramente exagerado", assim diz Fernando Santos.
"Acho claramente exagerado. Nunca aconteceu uma situação destas com quatro jogos em dez dias. Não me lembro de ver isto. Em 12 dias já vi, mas em dez nunca vi. Ainda para mais, depois de uma época altamente desgastante", criticou o selecionador nacional, que garantiu rotações para os próximos encontros. "Os jogadores estão bem, com alegria e motivação, vemos que há ali algumas dificuldades. Num treino com mais de 60 minutos sentimos que já abanam um bocadinho. Temos de ter esse cuidado. Isso obriga a rotação clara nestes jogos. É impossível jogar o mesmo onze em quatro jogos, nem pensar".
Fernando Santos foi ainda questionado sobre o processo instaurado a Diogo Costa e Otávio, motivado pelos cânticos insultuosos contra o Benfica, assegurando que não há problemas no ambiente. "Como o João Moutinho disse, nunca tive aqui, desde 2014, um momento em que sentisse clubes cá dentro. O ambiente é este e é o que vai continuar a ser", explicou.
Portugal venceu a Liga das Nações em 2019 e o objetivo da seleção portuguesa para esta edição é voltar a levantar o troféu. "Na primeira havia muita gente a desvalorizar e na segunda caiu o Carmo e a Trindade por não irmos à fase final. O nosso objetivo é sempre vencer", afirmou, acrescentando que não olha para estes jogos como "preparação para o Mundial".
Sobre a rival de hoje, a Espanha, deixou elogios mas deixa um alerta a quem pense que o ponto forte de "La Roja" é apenas a posse de bola. "Estes treinadores, da escola do Barcelona, têm presente a capacidade que têm de recuperar a bola. Sempre foi uma grande arma do Barcelona, da seleção espanhola e do City. Capacidade de jogar com bola, recuperá-la logo e jogar. Não queremos perdê-la para eles a terem menos", atirou Fernando Santos.