Ser português e assistir ao Alemanha-Portugal em pleno centro de Berlim não é tarefa fácil... Talvez isso explique a ausência de bandeiras portuguesas nas imediações do ecrã gigante colocado junto às portas de Brandeburgo, o principal palco da festa alemã desta segunda-feira (ou talvez seja "culpa" do resultado, que foi acanhando os poucos que gritavam por Ronaldo no início do jogo).
Corpo do artigo
Ao chegar ao recinto, com a lotação totalmente esgotada, nem sinal de presença portuguesa. A festa era mesmo tricolor, e cada falhanço português era celebrado efusivamente (bem como qualquer imagem de Ronaldo em sofrimento no relvado).
E quem não era alemão, fazia a festa na mesma com a equipa da casa. Era o caso de um grupo de amigos improvisado, todos originários de locais diferentes: Nova Zelândia, Canadá, EUA e Austrália. "Acabamos de nos conhecer aqui mesmo, no meio da festa", conta o australiano. "Estou aqui de férias há cinco dias mas, no meio desta gente toda, é como se fosse alemão!". "Não há como não torcer por eles... Não há festas assim de onde eu venho", diz, por sua vez, o neo zelandês.