FIA lamenta morte de Maria Villota e fala de dia trágico para o desporto automóvel
A Federação Internacional de Automobilismo lamentou, esta sexta-feira, a morte da espanhola Maria de Villota, ex-piloto de testes de Fórmula 1, referindo-se a "um dia trágico para o desporto automóvel".
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Em comunicado, o presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Jean Todt, acrescentou que "Maria era uma piloto fantástica, um exemplo para as mulheres no desporto automóvel, que lutou incansavelmente pela segurança rodoviária".
Todt avançou ainda que a ex-piloto de 33 anos era "uma amiga que admirava profundamente" e que "através da sua coragem e determinação, transformou a sua tragédia, na pista, numa mensagem para a segurança rodoviária, ouvida por todo o mundo".
Um mês após o seu trágico acidente, em julho de 2012 durante uma sessão de treinos ao volante de um monolugar da Marussia de Formula 1, no qual perdeu o olho direito, Maria de Villota foi nomeada embaixadora da FIA no seio da Comissão Mulheres e Desporto Automóvel, presidido por Michele Mouton, ex-campeã de ralis.
"Maria era uma pessoa formidável. Quando somos capazes de ultrapassar uma tragédia e transformar o negativo em positivo, é verdadeiramente notável. Tal não era possível sem um caráter forte e isso merece o respeito e admiração", afirmou Todt.
Maria de Villota, encontrada hoje sem vida num quarto de hotel em Sevilha, faleceu por causas naturais, de acordo com fontes da investigação citadas pela agência EFE.
Maria de Villota cujo corpo foi encontrado, nesta manhã de sexta-feira, no quarto de hotel em que estava hospedada para participar numa conferência na capital da Andaluzia, foi levada pelas 10:00 locais ao Instituto Anatómico, onde foi realizada a autópsia.
De Villota estava em Sevilha, onde hoje deveria participar num evento no centro de Congressos da cidade, dias antes da apresentação de um livro sobre a sua vida.