Seis equipas portuguesas de clube têm no GP JN uma rara oportunidade para competirem numa prova de uma semana.
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Sendo certo que o futuro do ciclismo nacional está nas novas gerações, este Grande Prémio JN/Leilosoc é uma plataforma privilegiada para que os jovens possam mostrar todo o seu talento e irreverência. Para isso, a organização tem, consecutivamente, convidado as equipas portuguesas de clube, sendo que nesta edição estão presentes seis formações dedicadas exclusivamente à formação.
Sendo uma das raras provas do calendário nacional que permite uma experiência competitiva de sete dias para estes jovens ciclistas, junto dos atletas profissionais que muitas vezes são ídolos, os ensinamentos que daqui retiram são decisivos para a sua evolução.
Ao correrem ao lado de atletas mais experientes vão ganhando a sensibilidade das corridas, percebendo como é entrar nas fugas, andar nos grupetos, ou discutir as classificações. É algo que só os valoriza", explicou, ao JN, José Barros, diretor desportivo da JV Perfis/Windmob, formação com sede em Lordelo. O responsável, que já trabalhou em equipas profissionais, e sabe o que é vencer na Volta a Portugal, garante que na sua equipa "os atletas têm todas as condições para evoluir, com boas bicicletas, mecânico e massagista", mas nota que são cada vez menos os jovens portugueses no ciclismo. "Mesmo nestas idades [até sub-23], tivemos de recrutar quatro estrangeiros, porque a formação em Portugal tem várias carências", desabafou.
Essa não abundância de talento nacional, é sentida por outras equipas de clube, que também recrutam no estrangeiro. Davidson Ovidar, da Almodôvar/Delta Cafés/Crédito Agrícola, veio do Brasil e enalteceu a importância de provas como GP JN."Até no meu país se fala desta corrida, é uma honra estar aqui e partilhar a estrada como o meu ídolo Mauricio Moreira",confessou este sul-americano, que tal como muitos companheiros portugueses comparam este "GP JN como correr na Volta".