Antigo árbitro da primeira categoria terá recebido milhares de euros de uma empresa informática, à qual o clube da Luz requereu serviços.
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O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) anunciou, esta quinta-feira, que instaurou um processo de inquérito ao caso que envolve o Benfica e o ex-árbitro Bruno Paixão.
Em comunicado, a FPF explica que serão objeto de apuramento "eventuais ilícitos disciplinares envolvendo um ex-agente de arbitragem e uma sociedade desportiva integrada nas competições organizadas pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional".
O ex-árbitro está a ser investigado pela Polícia Judiciária (PJ) no processo conhecido por "Saco Azul" do Benfica. O antigo juiz de primeira categoria terá recebido milhares de euros de uma empresa de informática, à qual o clube encarnado pagou 1,9 milhões de euros em serviços de consultadoria que, para o Ministério Público (MP), foram fictícios.
Caso seja concluído que o mesmo serviço não foi desempenhado pelo ex-árbitro, poderão o MP e a PJ concluir que o pagamento incorreu de um ato ilícito, considerado corrupção ativa. Assim sendo, e segundo o Artigo 62.º, Corrupção da equipa de arbitragem, da Subsecção I, Infrações Disciplinares Muito Graves, do Regulamento de Competição da Liga Portugal, o Benfica correrá o risco de ser despromovido da Liga.