O novo treinador dos dragões foi apresentado, esta segunda-feira, no Auditório José Maria Pedroto, no Estádio do Dragão, e garantiu que este será "o maior desafio" da carreira. "Estar aqui a representar estas novas cores significa muito e acredito que estou no sítio certo", afirmou.
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O técnico italiano Francesco Farioli foi oficialmente apresentado esta segunda-feira e começou por falar sobre os desafios de aceitar o convite do F. C. Porto. "Temos muito trabalho para fazer, mesmo sabendo dos desafios que vamos ter aqui, que são muitos. Temos muita ambição e temos que recuperar a mentalidade que queremos ver nesta equipa e devolver o F. C. Porto ao seu lugar", referiu.
"É uma grande oportunidade, é um clube histórico. Vi todas as imagens e os troféus, tudo o que já foi feito. Estive aqui a ver um jogo da Liga dos Campeões contra o Inter e guardei de recordação a força dos adeptos a puxar a equipa para a vitória. Sei que não me conhecem bem, mas sou muito apaixonado e ativo. Quero colocar uma certa mentalidade e intensidade nos treinos, neste nível tudo que não for o correto vai ter um custo", continuou, desta vez a falar sobre o que quer fazer e sobre o que já conhece do passado.
Questionado sobre os objetivos, comenta que tudo é possível com muito trabalho. "Temos que seguir um caminho. A oportunidade de passar nas diferentes competições existe, mas temos que trabalhar com muita vontade e espírito. Este é o maior desafio da minha carreira, mas temos que estar ligados ao presente para olhar para o futuro. Não me esqueço dos clubes onde trabalhei, farão sempre parte do meu percurso para ser ainda melhor. Estar aqui a representar estas novas cores significa muito e acredito que estou no sítio certo".
Não esquecendo os clubes que representou anteriormente - "significarão sempre muito para mim", o italiano assumiu que Villas-Boas lhe pintou um retrato realista da situação do clube, nomeadamente as dificuldades sentidas na época passada.
"Estou ciente disso. Analiso bem as coisas e o presidente foi muito claro: não escondeu nada, fez uma análise detalhada e tivemos uma ligação muito forte e imediata em relação ao que é preciso mudar. No centro de treinos queremos tornar tudo mais simples e criar um sítio onde os jogadores se sintam confortáveis. Passamos lá muitas horas para decidir que lugares dar aos jogadores, os nossos escritórios, etc", detalhou.
Apesar de já ter visto muitos vídeos dos jogos de 2024/25, Farioli garante que não entrará na nova temporada com ideias pré-concebidas: "Todos os jogadores terão uma oportunidade e não quero começar a trabalhar com pré-julgamentos e depois ser justo na avaliação”
Esta posição será determinante na escolha de reforços. "Temos uma ideia clara sobre as posições que queremos reforçar e o presidente vai falar disso. Às vezes pensamos que um jogador não serve para uma posição e depois torna-se o melhor da equipa. Queremos analisar tudo muito bem, mas temos de estar abertos para ver como reagem a um novo técnico e a novas ideias", sustentou.
Questionado sobre que tipo de futebol os adeptos portistas podem esperar para a nova temporada, Farioli falou de posse de bola e controlo das partidas, mas também da necessidade de adaptação às circunstâncias.
"É normal que, quando se encara uma nova época, se queira algo de novo, cada treinador tem uma maneira de pensar. Não devo julgar o que foi feito antes, o clube tomou uma decisão e é por isso que estou aqui. Os treinadores estão sempre a ser julgados e o que acordamos com o presidente é ter uma equipa com a mentalidade certa. Uma equipa que quer ter a bola, controlar o jogo e, com a experiência que tenho em ligas diferentes, também sei que tem de haver espaço para adaptação e gosto de ser flexível para garantir essa mesma adaptação", afirmou.