O diretor de comunicação do F. C. Porto esteve presente na reunião da tarde desta terça-feira, na sede da Liga, e considerou que o F. C. Porto tem sido vítima. No programa Universo Porto da Bancada, Francisco J. Marques partilhou parte da intervenção de Pedro Proença, presidente da liga, na reunião.
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A Liga, clubes, representantes dos media e o Sindicato dos Jornalistas reuniram, esta terça-feira, na Sede da Liga, no Porto, e definiram a criação de um grupo de trabalho com o objetivo de harmonizar a relação entre o futebol profissional e a comunicação social.
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Francisco J. Marques esteve presente na reunião e considerou que o F. C. Porto tem sido "vítima".
"Foi um encontro para ouvir as opiniões de diferentes atores do futebol, quase todos os clubes, diretores de jornais desportivos, outros jornais, sindicato de jornalistas. Da minha parte, fui marcar uma posição que é a seguinte: o F. C. Porto tem sido vítima. Tem sido responsabilizado pelo clima e atmosfera que se vive e da crispação. Evidentemente que não concordo com isso: defendo o F. C. Porto como é minha obrigação e, ao longo deste último ano, falamos de factos que nos foram dados a conhecer e que originaram várias investigações das autoridades, que visam atos de corrupção Não podemos ficar calados perante a adulteração da competição", começou por dizer.
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O diretor de comunicação acusou ainda Luís Bernardo, diretor de comunicação do Benfica, de inventar histórias a seu respeito.
"É muito bonito ver protagonistas a apelar à paz, a defender a indústria, mas há quem queira manter toda a gente em silêncio para poder continuar a utilizar os esquemas fraudulentos que utilizava e, provavelmente, continua a utilizar. Confrontei Ricardo Lemos e o Ricardo Palacin [diretor da BTV], sobre o apelo à paz e, depois, fazer terrorismo miserável. Quando fizemos revelações, as mais graves, em junho, rapidamente o Luís Bernardo foi à BTV dizer que o diretor de Comunicação do F. C. Porto recebia uma avença do F. C. Porto quando era editor da Agência Lusa. Isto é inventar histórias. Paulo Gonçalves pagou a funcionários judiciais para receber informação que estava em segredo de justiça, violando os tribunais. Não me venham com a história da pacificação do futebol português", atirou.
Por último, Francisco J. Marques partilhou uma intervenção de Pedro Proença, presidente da Liga.
"A pacificação do futebol português só vai acontecer quando estes comportamentos desaparecerem. A seguir, Pedro Proença teve uma intervenção, demonstrando alguma preocupação com o que eu tinha dito. Vou citar: 'sabemos quem controlava o sistema nos anos 50, nos anos 80 e sabemos quem controla o sistema agora. Temos de acabar com isso'. Esta frase é muito clara e só não entende não quem quer. O presidente da Liga disse isto à frente de todos os clubes!", concluiu.