Hegeberg é pretendida pelo Barcelona e deve tornar-se na primeira transferência a subir a fasquia dos 400 mil euros.
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É quase certo que o futebol feminino vai dar mais um passo significativo no próximo defeso e continuar o crescimento desenfreado que tem conhecido nos últimos anos. O que falta saber é a dimensão do mesmo, que é como quem diz por quanto é que Ada Hegerberg será transferida do Lyon para o Barcelona, que se mexe para voltar a bater o recorde de transferências, depois de na época passada ter feito de Keira Walsh a futebolista mais cara de sempre. O dinheiro que os clubes têm investido em contratações de jogadoras tem aumentado quase de ano para ano e não está descartada a possibilidade de já nos próximos meses se confirmar a primeira transferência milionária, igual ou superior a um milhão de euros.
Foi o Chelsea, em 2019, a quebrar o tabu que existia então sobre pagar ou não pela contratação de uma futebolista. A maioria ainda torcia o nariz e coçava a cabeça, num "nim" que mantinha o futebol feminino escanzelado, minimizado e diminuído, mas os "blues" acharam que sim e foram buscar Sam Kerr aos Estados Unidos, pagando 300 mil euros ao Chicago Red Stars. O primeiro passo, sempre o mais difícil, estava dado, e no ano seguinte foi o mesmo Chelsea a subir a parada e a contratar Pernille Harder ao Wolfsburgo, por 350 mil euros. Assim, quando, em 2022, o Barcelona depositou 400 mil euros na conta do Manchester City e fez de Walsh, 25 anos, a futebolista mais cara de sempre, já poucos se surpreenderam. Em quatro anos, o recorde de transferência mais cara do futebol feminino foi batido três vezes, deixando poucas dúvidas que a evolução daqui para a frente dificilmente não será sempre em sentido ascendente.
Alcançar a fasquia milionária e consumar-se a primeira transferência a rondar um milhão de euros é esse passo que colocará as mulheres do futebol num patamar de maior consideração, embora seja cada vez mais certo que a concretização desse feito não é uma questão de "se" mas de "quando". Possivelmente, já nos próximos meses, assim o Barcelona confirme o interesse em contratar Ada Hegeberg, considerada uma das melhores jogadoras do Mundo e que está ligada ao Lyon até 2024. Concretizando-se o negócio, é praticamente garantido que vai superar os valores da transferência de Keira Walsh, sendo também possível que a avançada norueguesa, primeira vencedora da Bola de Ouro feminina, aproxime as mulheres de salários também eles milionários, já que o Barça terá que ir além dos 420 mil euros anuais que ela recebe no Lyon. O futebol feminino de um milhão de euros está aí à porta. E é para ficar.