Futebolista Marcus Rashford vai continuar a lutar contra a pobreza e UEFA elogia iniciativa
O futebolista Marcus Rashford, do Manchester United, garantiu esta quarta-feira querer continuar a lutar contra a pobreza, depois de ter liderado uma campanha para o financiamento público de refeições de 1,3 milhões de crianças em Inglaterra durante as férias escolares.
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O avançado assumiu um papel de destaque na luta contra a pobreza depois de ter liderado, com sucesso, uma campanha para o fornecimento de refeições em período de férias escolares, após o governo britânico ter assumido que o apoio terminaria com o final do ano letivo.
"Isto nunca foi sobre mim, nem sobre política. Isto foi um grito de ajuda dos pais de todo o país, eu só lhes dei uma plataforma para serem ouvidos", referiu Rashford, companheiro do português Bruno Fernandes no Manchester United.
O jogador, de 22 anos, garantiu estar "orgulhoso" por ter ajudado a tomar a decisão certa e "poupar os pais a mais uma preocupação", considerando que "o bem-estar das crianças têm de ser sempre uma preocupação".
"Há gente a passar mal todo o ano, precisamos de perceber mais de perto os seus problemas para encontrar a melhor forma de ajudar", afirmou o jogador, que necessitou de apoio social e recorreu a bancos alimentares quando era criança, em declarações à BBC.
A iniciativa de Marcus Rashford mereceu, esta quarta-feira, elogios do presidente da UEFA, Aleksander Ceferin. "Estou orgulhoso que alguns futebolistas liderem alguns dos mais importantes debates [na sociedade], como Raheem Sterling ou Jérome Boateng e muitos outros, com posições importantes no movimento Black Lives Matter", referiu o dirigente, anotando que o papel de Rashford em "ajudar a mudar políticas governamentais" mostra que é "uma pessoa muito inteligente que foi muito bem-sucedida", ao ter apoiado uma campanha que "obrigou" o governo britânico a manter o financiamento público de refeições para 1,3 milhões de crianças em Inglaterra durante as férias escolares.
"O futebol pode ser um veículo importante para o bem, e estes exemplos demonstram isso", completou Ceferin.