Os dois astros do futebol mundial não estão completamente seguros nos clubes atuais e uma eventual saída poderá ser equacionada.
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Cristiano Ronaldo e Lionel Messi foram eliminados nos oitavos de final da Liga dos Campeões esta semana. Sem competirem na principal prova de clubes internacional, os craques do Manchester United e do PSG ficam com o futuro incerto, visto que os projetos desportivos onde estão inseridos não cumpriram com os objetivos que têm para o restante de carreira. Apesar de já estarem numa fase final no percurso no futebol, continuam a mostrar que conseguem ser influentes nas melhores equipas do mundo e a terem metas bem elevadas no que toca a troféus, algo que esta época parece estar a passar ao lado.
Cristiano Ronaldo: futuro treinador será fulcral
CR7 regressou no início desta época ao Manchester United, onde encontrou um contexto complicado. A liderança de Solskjaer, treinador que iniciou a temporada, foi-se desvanecendo com o passar do tempo e o norueguês foi substituído por Ralf Rangnick, de forma interina até ao final da temporada. Em Inglaterra as equipas mais fortes são o Manchester City, atual líder da Liga inglesa, o Liverpool, segundo classificado, e o Chelsea, vencedor da passada edição da Liga dos Campeões.
Vencer a Premier League talvez não passasse pela cabeça de Cristiano Ronaldo, tendo em conta a qualidade dos rivais, mas ter, pelo menos, o quarto lugar assegurado, que dá acesso direto à Liga dos Campeões, era uma obrigação. Essa posição é atualmente ocupada pelo Arsenal que apesar de ter apenas mais um ponto que os "red devils" têm menos dois jogos disputados. Ainda falta muito campeonato, mas a consistência da equipa comandada por Mikel Arteta causa dúvidas quanto à possibilidade do United terminar na quarta posição.
Ora, se o Manchester United falhar esse objetivo significa que Cristiano Ronaldo não iria competir na Champions League pela primeira vez em mais de 15 anos, algo que, tendo em conta a mentalidade vencedora e objetivos que continua a demonstrar ter aos 37 anos, é impensável. Falhar esta meta poderá implicar a saída do capitão da seleção nacional portuguesa, mas não é o único motivo.
Quem será o nome escolhido pela direção do clube para ser o próximo treinador também terá o seu peso na decisão de CR7. "Depende do próximo técnico e do projeto. Se ele quiser construir uma equipa jovem, capaz de correr e pressionar muito, estará o Cristiano disponível para isso? Caso contrário, aceitará não jogar todos os jogos?", foi a problemática levantada por Gary Neville, antigo lateral direito e comentador na Sky Sports.
O futuro de Cristiano Ronaldo em Manchester parece estar dependente destes fatores: competir na Liga dos Campeões e ser treinado por alguém com um estilo de jogo adaptável para as suas condições físicas.
Lionel Messi: bom filho à casa torna?
A época de Messi em Paris não foi como o craque argentino imaginava. A eliminação precoce da Liga dos Campeões representa mais um episódio daquele que é um projeto milionário falhado, sobretudo depois das contratações de Donnarumma, Sérgio Ramos, Wijnaldum para um coletivo que já contava com Neymar e Mbappé. Vencer a Liga francesa e outras competições domésticas não é novidade para o PSG, nem foi isso que Messi tinha em mente quando chegou à capital francesa. O objetivo era e continua a ser vencer a Champions.
A saída de Mbappé, uma das estrelas da equipa, é cada vez mais uma garantia e isso significa que, apesar de continuar com Neymar e companhia, Messi perderia um dos melhores colegas de profissão da atualidade, algo que fragilizaria o projeto. A pressão dos adeptos é grande em vários clubes, mas os aficionados do PSG fizeram-se ouvir na última partida frente ao Bordeaux, tendo assobiado praticamente toda a equipa, sobretudo o argentino ex-Barcelona e Neymar.
"Para mim ele não está feliz no PSG, está fora do lugar onde deve estar. Ele sempre me questionou onde é que eu poderia estar melhor do que em Barcelona e com o tempo comprovei que isso é verdade. Quando soube que ele ia sair do Barça mandei-lhe uma mensagem a dizer o mesmo. Por algum motivo ele não está aqui mas espero que regresse", explicou Dani Alves, defesa do Barcelona e ex-colega de Messi no clube catalão, à ESPN.
Messi assinou um contrato de dois anos com o PSG e, tendo em conta o dinheiro investido em salários, prémio de assinatura e publicidade, dificilmente os franceses o deixariam sair por uma quantia residual. O Barcelona, como tem vindo a ser noticiado, não está na melhor fase financeira e tem contratado jogadores, sobretudo, a custo zero. Ou seja, economicamente o regresso de Messi à Catalunha seria complicado, mas a vontade do jogador pode sobressair. Caso não seja esta temporada, há sempre a possibilidade de voltar ao Barça quando terminar o contrato.