<p>Terminou ontem, de forma dolorosa, o sonho da selecção de Angola na Taça das Nações Africanas. A equipa treinada por Manuel José perdeu com o Gana(0-1), na abertura dos quartos-de-final da prova, pelo que festa terá de continuar sem a equipa da casa...</p>
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Um golo a frio de Gyan, avançado do Rennes, logo aos 16 minutos, deitou por terra a estratégia dos "Palancas Negras", que nunca tinham estado em desvantagem desde o início da CAN, e não foram mesmo capazes de dar a volta ao marcador. Não faltaram aos angolanos oportunidades para empatar, mas ontem o avançado Manucho revelou total desinspiração na hora de finalizar.
Em três ocasiões flagrantes, duas antes do intervalo e uma já na segunda parte, o dianteiro falhou de forma inacreditável, cabeceando uma vez à figura do guarda-redes e outra para fora, para além de ter desperdiçado um passe perfeito de Flávio com um remate disparatado quando tinha a baliza à mercê.
Mais experientes, mesmo sem as três principais figuras da equipa (Essien, Appiah e Muntari), os ganeses geriram bem a vantagem, recorrendo ao habitual antijogo sempre que possível. Em dia de luto pessoal pela notícia da morte do pai, Manuel José arriscou no ataque no segundo tempo, embora não tenha feito entrar Mantorras, e Angola continuou a jogar com calma, perante o desespero do público que encheu o belo estádio de Luanda.
Nos instantes finais, o central Kali também esteve perto do golo, mas um defesa ganês cortou a bola quando esta parecia encaminhar-se para as redes. A partida terminou com lágrimas dentro e fora do campo, ficando a ideia de que Angola perdeu uma oportunidade de ouro para chegar, pela primeira vez, às meias-finais da maior prova africana.
Argélia elimina Costa do Marfim
No outro jogo de ontem dos quartos-de-final, a Argélia surpreendeu a Costa do Marfim, adversária de Portugal no Mundial de 2010, ganhando por 3-2, após prolongamento. Os marfinenses estiveram por duas vezes em vantagem (golos de Kalou e Keita), a segunda das quais graças a um tento marcado aos 89 minutos, mas os argelinos ainda foram a tempo de forçar nova igualdade, já no período de descontos.
No tempo extra, Bouazza tornou-se o herói argelino, ao marcar o golo que eliminou os "elefantes", que nas últimas edições da CAN têm partido sempre como favoritos, mas continuam a não justificar esse estatuto...