CR7 bisa num triunfo que deixa Portugal na liderança. Meia hora de puro veneno no contra-ataque arrasa suíços
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D. Ronaldo voltou e abriu o livro num Portugal exímio no contra-ataque e que em meia hora arrasou a Suíça, ontem, em Alvalade. A goleada (4-0), selada no segundo tempo, peca por escassa e ganhou o grande impulso durante os últimos 30 minutos da primeira parte. Aí, Portugal castigou todo o atrevimento inicial do adversário com um leque de saídas vertiginosas para o contra-ataque que devastaram os helvéticos.
Ronaldo, no regresso à titularidade, bisou e foi embalado pelo ambiente de festa criado pelos mais de 40 mil adeptos em Alvalade. Diogo Jota e João Cancelo seguiram o capitão, num triunfo que deixa Portugal no topo do Grupo A2, com os mesmos da República Checa, que empatou na receção à Espanha (2-2).
O intenso ciclo de jogos forçou Fernando Santos a alterar mais de meia equipa em relação ao último jogo. Os suíços entraram melhor, dificultaram a génese do jogo das quinas e até marcaram. Seferovic bateu Rui Patrício e festejou, mas a mão de Schar, detetada pelo VAR, recolocou o marcador em branco.
O jogo voltou ao ponto de partida, mas nem isso fez motivar uma mudança de atitude da equipa no plano estratégico, sempre expectante, decisão aparentemente pensada.
Ronaldo aproveitou um pecado de Schar, que derrubara Otávio à entrada da área, para permitir a William Carvalho inaugurar o marcador.
Os helvéticos reagiram com o adiantamento das peças, numa atitude natural, mas de autêntico suicídio coletivo. Portugal aproveitou as largas avenidas para se banquetear numa ampla invasão do campo adversário. Ronaldo abriu o livro, bisou em apenas quatro minutos, falhou mais duas oportunidades, só até ao intervalo. Pepe e Diogo Jota seguiram-lhe o caminho perante um rival desorientado e com uma defesa com mais buracos que um verdadeiro queijo suíço. A diferença de três golos sentenciava a partida, ainda antes do intervalo. No reatamento, CR7 voltou a marcar, mas o lance seria bem invalidado.
Apesar da irregularidade, ficou a sensação de que a seleção das quinas poderia repetir a dose e até porque agora jogava sem a pressão do resultado. Cancelo ainda recriou uma ação típica do City, em combinação com Bernardo Silva, perante um oponente rendido e somente a tentar gerir os danos.