Gonçalo Ramos marcou três dos seis golos da vitória de Portugal frente à Suíça e alcançou várias marcas importantes.
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É natural de Olhão, no Algarve, e filho de Manuel Ramos, antigo jogador do Farense. Gonçalo Ramos alcançou esta terça-feira várias marcas importantes a nível internacional e o percurso foi de rápida ascensão. Aos cinco anos chegou ao Olhanense e depressa se destacou dos restantes miúdos, até que o "jogo limpo" ajudou a ser quem é hoje. Num torneio em Vila Real de Santo António, o Olhanense conquistou o prémio fair-play, que consistia numa visita ao Benfica Campus, no Seixal. Começou a jogar numa escola das águias em Olhão, até se mudar para o Seixal em 2013.
O jovem jogador do Benfica fez toda a formação no clube encarnado e não é a primeira vez que dá que falar. No plantel principal, começou a dar que falar em 2020, quando marcou dois golos ao Desportivo das Aves, e foi o melhor marcador da qualificação para o Europeu de sub-21. Conhecido como o "feiticeiro", alcunha que recebeu por ter alguma sorte nos ressaltos e marcar quase sempre que remata à baliza, tem uma ligação muito especial ao futebol: o irmão, Lourenço Ramos, de 11 anos, está no Centro de Treinos de Futebol do Benfica, no Algarve e o pai, Ramos, jogou na Liga pelo Farense (1996 a 1999) e pelo Salgueiros (1999 a 2001), representando ainda Portugal nos escalões sub-17, sub-20 e sub-21.
Os três golos apontados diante da Suíça tornaram Gonçalo Ramos no primeiro jogador desde 1990 a fazer um hat-trick numa fase a eliminar de um Mundial. O último tinha sido Skuhravy. O avançado é também o segundo mais jovem de sempre a marcar três golos num Mundial desde Pelé e é o primeiro jogador, desde Miroslav Klose em 2002, a fazer um hat-trick na estreia num Campeonato do Mundo.
Por fim, juntou-se a jogadores como Pelé, Eusébio, Belanov e Butrageno como os únicos que marcaram um hat-trick em fases a eliminar de um Mundial.