Governo e comités formalizam contratos-programa para Jogos Olímpicos e Surdolímpicos

Fernando Gomes, presidente do COP, durante a assinatura dos contratos-programa
Foto: Rodrigo Antunes / Lusa
Os contratos-programa de preparação olímpica, paralímpica e surdolímpica foram esta segunda-feira assinados entre Comité Olímpico de Portugal (COP), Comité Paralímpico de Portugal (CPP) e Governo, com o objetivo de elevar condições e obter melhores resultados internacionais.
"O nosso objetivo é dar melhores condições aos nossos atletas. As expectativas são elevadas, mas, para as termos, temos de criar condições para valorizar o alto rendimento e dignificar os atletas, para poderem treinar e trazer bons resultados", salientou a ministra da Cultura, Juventude e Desporto, Margarida Balseiro Lopes.
Pela primeira vez, os contratos-programa assinados, com um valor global de 45 milhões de euros, englobam as três dimensões desportivas, com um investimento reforçado num aumento de 30% nas vertentes olímpica e paralímpica e de 70% na vertente surdolímpica.
"Temos as três dimensões em paridade, reforçando a inclusão e possibilitando as boas prestações a nível internacional", realçou a governante aos jornalistas, após uma cerimónia que decorreu na sede do COP, em Lisboa, perante várias dezenas.
Já o presidente do COP, Fernando Gomes, destacou o aumento de 50 atletas no projeto olímpico desde o início do ano, passando de 83 para 133, com 117 jovens também a integrarem o projeto de esperanças olímpicas rumo a Los Angeles2028.
"Estes nove meses à frente do COP traduziram-se em ações concretas, no sentido de reorganizar a própria atividade, meter o atleta no centro destas decisões e tudo fazer para assegurar uma melhor preparação e obtenção de melhores resultados. O atleta vê reconhecido o seu trabalho, agora com o suporte e apoio à preparação, através da criação de equipas multidisciplinares. Com a melhoria dos centros de alto rendimento, traduzir-se-á numa melhoria de condições e resultados", vincou.
O líder do CPP, José Lourenço, destacou a importância de incluir as três dimensões no mesmo contrato-programa, mostrando-se satisfeito por regularizar a situação surdolímpica, que desde 2019 não tinha qualquer contrato plurianual.
"Este contrato permite previsibilidade num apoio à preparação dos atletas. É um gesto de inclusão. Com estes gestos, e numa própria preocupação de equidade desportiva do Governo, podemos ir mudando o paradigma cultural do país", disse.
Marcaram presença, entre outros, o secretário de Estado do Desporto, Pedro Dias, a secretária de Estado da Ação Social e Inclusão, Clara Marques Mendes, e ainda o presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude, Ricardo Gonçalves.
Pela primeira vez, os contratos-programa assinados, com um valor global de 65 ME, englobam as três dimensões desportivas, com um investimento reforçado num aumento de 30% nas vertentes olímpica e paralímpica e de 70% na vertente surdolímpica.
Relativamente a Paris2024, o montante atribuído para a preparação olímpica para os Jogos LA2028 aumenta de 22 para 30 ME, para a preparação paralímpica de 9,2 para 15.
Os Jogos Olímpicos Los Angeles2028 decorrerão de 14 a 30 de julho desse ano, sendo seguido pelos Jogos Paralímpicos, na mesma cidade, de 15 a 27 de agosto, enquanto os Jogos Surdolímpicos de 2029 decorrerão Atenas, ainda sem datas.
