Sai hoje para à rua a 27.ª edição do Grande Prémio Jornal de Notícias, para cinco dias de ciclismo ao mais alto nível nas estradas da região Norte do país, naquela que é já considerada uma das mais importantes provas do calendário velocipédico nacional.
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Num trajeto que se prolongará por quase 550 quilómetros, e que tem partida em Viseu, com um inédito prólogo noturno por equipas, a luta pela amarela final promete ser renhida, pois todos corredores querem inscrever o seu nome no palmarés de vencedores. A última entrada nessa lista pertence a Rafael Reis, ciclista que o ano passado representou a W52-F. C. Porto e que nesta época, por estar a correr na formação espanhola Caja Rural, não vai poder defender o título.
"Esta é uma corrida muito dura, que, além da tradição conquistada no passado, está, novamente, a afirma-se como uma das corridas mais importantes em Portugal", começou por partilhar ao JN Rafael Reis, completando: "Fiquei muito contente por ter o meu nome no lote de vencedores, junto de grande lendas da modalidade no nosso país".
O jovem, natural de Palmela, que terminou a época de 2016 como vencedor do ranking "Ciclista do Ano", que premeia o corredor mais regular do pelotão português, já teve a curiosidade em ver o trajeto desta edição do Grande Prémio JN, achando "muito interessante as inovações que foram introduzidas", e elegendo a derradeira etapa, com partida e chegada em Valongo, como "muito dura e que pode ser decisiva nas contas finais".
Rafael Reis recordou, ainda, "a chegada ao Porto do ano passado e o espetáculo de ciclismo que a equipa deu", recuperando as sensações vividas: "Nos últimos metros era tanta gente nas estradas apoiar que até me arrepiei. Nessa altura, esquece-se as dores, a adrenalina sobe e só queremos contribuir para o espetáculo". "Esta é uma corrida muito especial, espero que as pessoas do Norte possam vir de novo para as bermas da estrada", apelou o jovem.
Para esta edição do Grande Prémio JN, Rafael Reis não arrisca fazer um prognóstico sobre o vencedor, tendo em conta o quadro vasto de favoritos, e lembra, por isso, que "todas as equipas nacionais se reforçaram bem e estão a mostrar bons resultados".
Ainda assim, o ex-dragão espera que os antigos companheiros do W-52 F. C. Porto possam dar continuidade ao êxito do ano passado e garantindo o lugar mais alto no pódio. "Acho que é a melhor formação nacional neste momento", concluiu o ciclista.