Comissário Carlos Pereira desempenha o cargo há 48 anos e assegura que esforço dos ciclistas é devidamente registado.
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Como em qualquer outro desporto, também o ciclismo tem os seus árbitros, apelidados de comissários, que zelam pelo cumprimento das regras e da verdade desportiva, nomeadamente nos tempos e classificações de cada atleta. Neste requisito, a função de Carlos Pereira, juiz de chegada, é uma das mais importantes entre o colégio de comissários, pois cabe-lhe anotar e verificar que o esforço dos ciclistas está devidamente traduzido em horas, minutos e segundos.
“Não pode falhar nada. Felizmente, temos atualmente o auxílio de meios tecnológicos que ajudam a que a verdade impere sempre. O nosso princípio é tudo em prol do ciclista. São eles os grandes heróis”, confessou ao JN, o comissário, de 65 anos, um dos mais experientes neste Grande Prémio JN, com mais de 48 anos de atividade.
Carlos Pereira entrou para a modalidade ainda antes dos 10 anos, impulsionado pelo pai, que foi diretor desportivo da antiga equipa Coelima e mais tarde dirigente da Associação de Ciclismo do Minho. “Herdei dele esta paixão e ainda bem. Além do trabalho, temos momentos de convívio excecionais. Há muita amizade, é quase uma família”, partilhou o juiz, natural de Guimarães, que é já uma figura paternal no pelotão. “Sinto que, além do respeito, há uma relação de amizade. Vi grande parte destes atletas e comissários crescerem na modalidade desde jovens e tenho orgulho nisso”, completou.