Benfica e F. C. Porto investiram, cada um, mais de 40 milhões de euros em reforços, no exercício de 1 de julho a 31 de dezembro. O Sporting, que registou o maior lucro semestral de sempre, chegou aos 16 milhões em contratações de jogadores.
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Os relatórios dos exercícios contabilísticos referentes ao segundo semestre do ano de 2022, no período compreendido entre 1 de julho e 31 de dezembro, colocam as SAD dos três grandes em patamares distintos no que toca ao investimento em reforços.
A liderar a lista surge o Benfica, que gastou um total de 43,3 milhões de euros em contratações na segunda metade do ano passado.
Enzo Fernández é um nome importante no relatório das águias, por liderar o capítulo das despesas (16,2 milhões de euros pagos ao River Plate por 75% do passe) e por garantir, desde já, o desafogar das contas no próximo exercício, uma vez que a transferência para o Chelsea, fechada em janeiro deste ano pelos 120 milhões de euros inscritos na cláusula de rescisão, ainda não está refletida no último exercício.
No campo dos investimentos, juntam-se ao internacional argentino Frederik Aursnes, que custou 14,7 milhões de euros ao Feyenoord, João Victor, contratado ao Corinthians por 9,4 milhões (80% do passe) e que entretanto foi cedido ao Nantes, e Roman Yaremchuk, em quem o Benfica investiu três milhões de euros na compra de 25% do passe - valor total ascendeu aos 21458 milhões - antes de o vender ao Club Brugge por 17 milhões de euros, aos quais podem acrescer outros dois milhões por objetivos.
O avançado internacional ucraniano lidera a lista de vendas dos encarnados no último semestre, na qual se incluem Carlos Vinícius, que custou cinco milhões de euros ao Fulham, e João Ferreira, cedido ao Watford a troco de 2,5 milhões.
Há ainda a registar a entrada de um total de seis milhões de euros por objetivos cumpridos por Darwin Núñez no Liverpool (cinco milhões) e por Everton Cebolinha no Flamengo (um milhão).
No caso do F. C. Porto, a rubrica de contratação de futebolistas apresenta investimentos na ordem dos 42,4 milhões de euros, praticamente metade desse valor resultou na compra do passe de David Carmo, um dos jogadores mais caros da história dos dragões, que custou 20,28 milhões de euros ao Sporting de Braga, valor a que acrescem 750 mil euros em encargos.
Segue-se o brasileiro Gabriel Veron, contratado por 10,25 milhões de euros ao Palmeiras, mais 2,2 milhões em encargos.
Os médios Stephen Eustáquio (ex-Paços de Ferreira) e André Franco (ex-Estoril) implicaram investimentos de 4,2 e 4,1 milhões de euros, respetivamente. No caso do antigo jogador estorilista, os portistas adquiriam apenas 90% do passe. O guarda-redes Samuel Portugal, que jogava no Portimonense, fecha a lista de aquisições, tendo custado 2,5 milhões de euros por 55% do passe.
Em sentido oposto, deixaram o Dragão no último exercício Francisco Conceição, rumo ao Ajax, gerando uma mais-valia de cinco milhões de euros nas contas da SAD azul e branca; Sérgio Oliveira, vendido por três milhões de euros ao Galatasaray; Marchesín, que saiu para o Celta de Vigo a troco de um milhão de euros; e Diogo Abreu, jovem médio por quem o Sporting pagou 1,2 milhões de euros.
As SAD de Benfica (-13,3 milhões de euros) e F. C. Porto (-9,9 milhões milhões de euros) registaram prejuízos no último balanço, ao contrário do Sporting, que apresentou o melhor resultado semestral de sempre, com um lucro de 47,5 milhões de euros.
Para ele em muito contribuíram as vendas de Matheus Nunes, que rumou ao Wolverhampton por 45 milhões de euros (mais cinco milhões em variáveis), e João Palhinha, por quem o Fulham pagou 20 milhões de euros, valor que pode subir em dois milhões caso sejam cumpridos determinados objetivos.
No total, a SAD leonina encaixou 78,5 milhões de euros em vendas, valor para o qual contribuíram ainda Tabata (cinco milhões de euros para o Palmeiras), Vivaldo Semedo (três milhões de euros para a Udinese) e Gonzalo Plata (três milhões de euros por metade do passe para o Valladolid).
No que toca a entradas, no último semestre foram investidos 16,2 milhões de euros pelos verde e brancos.
A contratação mais cara foi a de Sotiris Alexandropoulos, que custou quatro milhões de euros ao Panathinaikos. Seguem-se Hidemasa Morita (3,45 milhões de euros ao Santa Clara), Arthur Gomes (2,9 milhões de euros ao Estoril) e Rochinha (2 milhões de euros ao Vitória de Guimarães).