Guardiola: a crise do Manchester City pode estar a afetar-lhe a saúde mental
Manchester City soma maus resultados e o técnico catalão começa a dar sinais de estar saturado. Guardiola já se arranhou a ele próprio e também já proferiu declarações a dizer que não se vê a começar de novo em outro clube.
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Os sinais de saturação e esgotamento mental de Pep Guardiola são cada vez mais evidentes, depois das oito derrotas, dois empates e apenas uma vitória nos últimos onze jogos, que mergulham o Manchester City numa crise profunda. A seguir à derrota contra o Manchester United de Ruben Amorim, o catalão deu mais um sinal dos efeitos do ciclo prolongado de resultados negativos. "Estou completamente convencido que não sou bom o suficiente para encontrar uma maneira de os jogadores sentirem paz nos seus corpos e mentes para jogar", afirmou. "Não quero falar num burnout, mas não andará muito longe disso, pelos sinais que tem dado e pelas declarações", argumentou, ao JN, Jorge Silvério, psicólogo do desporto.
Ainda está fresco na memória o estado em que Guardiola chegou à sala de imprensa, a seguir ao empate na Champions com o Feyenoord (3-3). A cabeça arranhada e o golpe no nariz já tinham feito soar alarmes e a saúde mental voltou a ser tema. "Foi com as minhas unhas, quis magoar-me", justificou o treinador na altura. "O acompanhamento de alguém da área da psicologia faria todo o sentido. Mas foi importante ele ter emitido o comunicado no dia seguinte, a dizer que não estava a brincar e que respeitava quem sofre com a automutilação. Foi importante reconhecer isso, porque é algo que tem de ser levado muito a sério. Não sabemos exatamente o que aconteceu ao Guardiola, mas chegando a este ponto é certo e seguro que quem o rodeia estará a tentar ajudar", acrescentou ainda o psicólogo.