Braga acabou com a invencibilidade azul e branca, que durou 58 jogos. Golo de Ricardo Horta decide partida equilibrada e com arbitragem polémica de Hugo Miguel.
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O campeonato mantém-se vivo e o Braga mostrou que o F. C. Porto, por muito perto que possa estar do título, não é uma equipa invencível e ainda tem caminho para fazer se quiser sagrar-se campeão.
Cinquenta e oito jogos depois, os dragões caíram no Minho, perante um adversário nada interessado em estender-lhes a passadeira. Depois de já ter ganho ao Sporting, em Alvalade, e ao Benfica, em casa, a equipa de Carlos Carvalhal fez questão de também derrotar os portistas, num jogo intenso, equilibrado e polémico. Os azuis e brancos queixaram-se de três penáltis por assinalar na primeira parte, mas Hugo Miguel e o VAR não estavam para aí virados.
Desde o princípio que o Braga pareceu uma equipa mais fresca e bem organizada. Carvalhal montou, desta vez, um 3x5x2 que fechou o corredor central ao F. C. Porto, explorando a velocidade de Ricardo Horta e Abel Ruiz para criar perigo no ataque. Foi, assim, de resto, que os arsenalistas chegaram ao golo, mas já lá vamos.
A primeira parte teve mais bola do F. C. Porto, mas também muita dificuldade da equipa de Sérgio Conceição para furar a muralha contrária. Evanilson podia ter marcado logo aos três minutos, num lance em que foi abalroado pelo guarda-redes Matheus. No canto que se seguiu, Al Musrati cortou a bola com a mão, Hugo Miguel levou o apito à boca, mas depois decidiu deixar jogar.
O Braga recompôs-se do mau início e passou a repartir o jogo. Até ao intervalo, teve as melhores chances, primeiro num tiro à trave de Ricardo Horta e depois num lance em que Abel Ruiz, com muito espaço, não teve arte para bater o felino Diogo Costa. Antes do descanso, mais polémica na área bracarense, com Taremi a ser tocado por Yan Couto e a cair. O árbitro fez o gesto de que o iraniano se atirou para o chão.
Conceição trocou Evanilson por João Mário, ao intervalo, para permitir o adiantamento de Pepê e o brasileiro esteve logo perto do golo, num disparo travado de forma brilhante por Matheus. E foi de forma algo inesperada, num contra-ataque, que o Braga marcou. Abel Ruiz fugiu a Pepe e serviu Ricardo Horta, que só teve de encostar para as redes, perante uma defesa portista mais lenta do que o habitual.
O jogo abriu, Conceição lançou o que tinha para a frente e houve ocasiões para o F. C. Porto chegar ao empate, mas Taremi, Galeno e Otávio, este já nos descontos, não estavam em dia de acerto. Na outra área, Vitinha ainda desperdiçou o 2-0 no último lance, quando o jogo já estava no bolso do Braga.
Mais: A estratégia de reforço do meio-campo, adotada por Carvalhal, resultou. Ruiz e Ricardo Horta deixaram a defesa portista em desasossego. Matheus e Diogo Costa brilharam nas balizas.
Menos: Evanilson, Taremi e Fábio Vieira foram bem vigiados pelos defesas arsenalistas. Galeno e Otávio tiveram bolas bem redondas para empatar o jogo, mas os remates saíram por cima.
Árbitro: Nos três lances de dúvida na área minhota, as decisões foram todas no mesmo sentido e o F. C. Porto tem razões de queixa.
Veja o resumo do jogo:
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