Um cidadão dos Emirados Árabes Unidos, cuja mulher foi executada pela morte de um norte-americano, foi acusado de ligações ao grupo extremista Estado Islâmico e de planear um atentado contra o circuito de Fórmula 1 de Abu Dhabi.
Corpo do artigo
Os meios de comunicação internacionais não foram convidados a assistir à audiência de segunda-feira no Tribunal de Segurança do Estado onde o acusado, identificado apenas pelas iniciais M. A. H., ouviu a acusação que pesa contra si, referem os jornais dos Emirados Árabes Unidos.
No total, o suspeito responde por sete acusações, incluindo intenção de colocar bombas no circuito, numa loja Ikea na ilha de Yas, e em autocarros de turistas estrangeiros em Abu Dhabi, e de ter planeado ataques contra uma base militar norte-americana no país e contra altos responsáveis da federação.
Segundo o Gulf News, que cita os procuradores, o homem tentou juntar-se aos jiadistas do Estado Islâmico (EI) no Iraque "mas, como não conseguiu deslocar-se, escolheu trabalhar nos Emirados em apoio à organização terrorista".
O homem rejeitou todas as acusações apresentadas contra e si e queixou-se de ter sido colocado em isolamento durante seis meses após a sua detenção, a 21 de novembro de 2014, indicou o jornal "The National".
A sua mulher, Alaa al-Hashemi, de 30 anos, foi executada, a 13 de julho, depois de ter sido condenada à pena capital por ter matado uma professora norte-americana, a 1 de dezembro de 2014, na casa de banho de um centro comercial de Abu Dhabi.
Os Emirados Árabes Unidos, cuja população local não representa mais do que 10% dos habitantes, estão envolvidos, desde setembro de 2014, na coligação internacional que ataca o EI na Síria.
Os ataques imputados aos jiadistas ou a pessoas que se inspiram em grupos extremistas são raríssimos naquela rica monarquia do Golfo que tem uma política de "tolerância zero".