"Elo mais fraco é quem circula a pé", diz professor universitário. Estratégia nacional por aprovar há vários anos.
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A maioria das vítimas de atropelamentos são peões com mais de 60 anos. Desde 2019, morreram 177 pessoas e 570 ficaram gravemente feridas naquela faixa etária, após terem sido colhidas por um veículo, segundo a GNR. No ano passado, houve quase cinco mil atropelamentos registados pela GNR e PSP. Os números destes sinistros têm-se aproximado dos valores pré-pandemia, depois de uma quebra na mobilidade rodoviária nos anos de maior impacto da covid-19.
"Há um diferencial de velocidades em ambiente urbano que faz com que o elo mais fraco seja quem circula a pé", critica Frederico Moura e Sá, professor na Universidade de Aveiro. Para o urbanista, "além do problema dos atropelamentos, há uma perceção social de que o espaço público é perigoso". A perceção, diz, é "factual e real", já que os números comprovam a insegurança.