O F. C. Porto oficializou, esta quarta-feira, a contratação de João Costa, que assinou um contrato por cinco temporadas. Depois de seis meses de sucesso no Estrela da Amadora, o guarda-redes regressa, oito anos depois, ao clube onde foi campeão em todos os escalões de formação. "Fui alimentado pelo sonho de voltar".
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João Costa vai vestir a camisola 24, que pertencia a Nehuén Pérez - o argentino vai passar a jogar com a 18 -, e assinou contrato até 2030, depois de, na época passada, ter dado nas vistas ao serviço do Feirense, da Liga 2, o que lhe permitiu saltar, em janeiro, para o Estrela, clube ao serviço do qual foi totalista nas últimas 14 jornadas do campeonato.
Agora, o futuro veste-se, tal como o passado, de azul e branco. "Regressar ao F. C. Porto neste momento representa tudo para mim e a minha família estar presente [na cerimónia] representa a base de todo o sucesso, porque ninguém consegue nada sozinho. As nossas bases são muito importantes, a educação, o apoio nos momentos mais difíceis. Sem eles eu posso dizer que provavelmente não conseguiria estar aqui hoje", afirmou o guardião.
"E a presença do presidente [André Villas-Boas] é um prazer enorme. Além de presidente é uma lenda do nosso clube, venceu títulos sem igual de uma época histórica e acho que não há melhor maneira de regressar quando se junta tudo o que realmente é importante", acrescentou João Costa, antes de refletir sobre os oito anos que passaram desde que deixou o F. C. Porto.
"O que tive de fazer foi nunca desistir e acreditar sempre, fui alimentado pelo sonho de voltar. Nos momentos decisivos nunca deitei a toalha ao chão por tudo que me ensinaram, tanto aqui como a minha família. Essa foi a base para eu poder aguentar tudo o que aguentei. Já passei por duas lesões graves, já joguei na terceira divisão, na segunda, estive cinco anos fora do país. Comecei na primeira divisão aos 29 anos, quando muita gente se calhar esperava que eu chegasse aos 20, e ter que lidar com isso parece fácil, mas nós também somos pessoas, temos sentimentos e também sentimos a pressão do futebol, mas eu fui preparado para isso", referiu, pronto para o novo desafio.
"Costumo dizer que fui ensinado para vencer. E espero que o meu exemplo valha a pena ser contado, principalmente aos mais jovens, porque os sonhos podem ser cumpridos. Só temos que acreditar neles, visualizá-los na nossa mente, passá-los para o coração e dar tudo todos os dias para o conseguir", acrescentou João Costa.