O Celta de Vigo emitiu, esta segunda-feira, um comunicado no qual informa que Santi Mina, jogador condenado a quatro anos de prisão por abuso sexual, exigiu ser reintegrado no plantel depois de recorrer da decisão do Tribunal de Almería. A decisão poderá ser, no entanto, revertida.
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"O Celta está obrigado a assumir a presença do jogador a partir deste momento nas sessões de preparação, no tempo que está estipulado para as mesmas. A decisão poderá ser, no entanto, revertida, caso o recurso de Mina não seja aceite pelo tribunal, reservando-se ainda ao direito de vir a ser compensado pelos danos causados pelo comportamento do jogador em relação à entidade, tanto em termos económicos, como em relação à imagem do clube", pode ler-se na nota.
Santi Mina, que ainda segundo a mesma nota rejeitou uma transferência para outra Liga, foi condenado, no início de maio, a quatro anos de prisão e afastado dos treinos. O avançado do Celta de Vigo, de 26 anos, foi julgado por abusos sexuais a uma mulher, que terão acontecido em 2017. Em junho desse ano, Santi Mina, que na altura jogava no Valência, estava de férias com o amigo e também jogador David Goldar - que também foi constituído arguido mas acabou absolvido e ilibado de qualquer responsabilidade penal - quando terá abusado de uma mulher.
A juíza do Tribunal de Almería condenou, ainda, Mina ao pagamento de uma multa no valor de 50 mil euros e o jogador não poderá estar a menos de 500 metros de distância da vítima nos próximos 12 anos. Ainda assim, o avançado foi ilibado das acusações de violação, apesar de ter sido pedida como pena a prisão entre oito a nove anos.
Se numa primeira fase o Celta de Vigo repudiou as acusações e garantiu que o jogador tinha direito à defesa, uma vez conhecida a sentença o clube decidiu afastar o jogador do plantel principal. Em comunicado, a equipa espanhola afirmou que abriu um processo disciplinar face a um caso "que belisca a imagem do clube".
Santi Mina, natural de Vigo, fez a formação no Celta e transferiu-se para o Valência em 2015, clube no qual esteve quatro anos antes de regressar aos Balaídos, em 2019.