John Holland atuava na Rússia na altura em que este país invadiu a Ucrânia e jogava agora no Hapoel Telavive, quando o Hamas atacou Israel.
Corpo do artigo
“É assustador”, admite o próprio John Holland, basquetebolista, de 34 anos, norte-americano internacional por Porto Rico, que, no espaço de ano e meio, fugiu de duas guerras.
Aquando da invasão da Ucrânia, em fevereiro do ano passado, John Michael Joseph Holland jogava no UNICS Kazan e agora era basquetebolista do Hapoel Telavive. Uma história de fuga, que revisita por estes dias e que marca uma carreira profissional que vai já em 13 temporadas.
“Esta é a segunda guerra em que já estive. Estava na Rússia quando o país invadiu a Ucrânia, mas aí foi um pouco diferente, porque na realidade não senti bem isso, além da queda do preço do rublo e de algumas alterações nas rotinas. Mas lá não senti as bombas como aqui”, contou o jogador, na segunda-feira, na conta pessoal na rede social Instagram.
En 2022, quando espoletou a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, o jogador estava vinculado ao UNICS Kazán, localizado a cerca de 1.400 quilómetros de uma das frentes de combate. Agora a situação piorou, com as bombas a passarem-lhe sobre a própria cabeça. "Há alguns bombardeamentos e é uma loucura. As ruas estão sem ninguém e só se ouve o barulho das bombas. É assustador, não vou mentir”, escreveu o jogador, naquela rede social.
Após deixar a Rússia, John Holland mudou-se para o Bursaspor (Turquia), tendo, antes de rumar a Israel, jogado também no Estrela Vermelha (Sérvia).
O jogador obteve entretanto autorização da equipa do Hapoel para deixar Israel, tendo conseguido viajar para Atenas, Grécia, onde deverá ficar nos próximos dias, à espera de uma clarificação da situação no Médio Oriente.