Vitória difícil mantém portistas com registo imaculado e na frente do campeonato. Samu decide de penálti, num jogo com boa réplica insular. Lesão grave de Nehuén.
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Com menor nota artística que em jogos anteriores, o F. C. Porto somou a quinta vitória noutras tantas jornadas e segue isolado na liderança da tabela. Com José Mourinho a assistir na tribuna (ouviu uma enorme salva de palmas dos adeptos da casa antes do apito inicial), o Nacional jogou com muita energia no Dragão e dificultou a tarefa dos portistas, que ainda assim talvez merecessem mais do que ganhar pela margem mínima.
Francesco Farioli estreou o polaco Kiwior ao lado do compatriota Bednarek no centro de defesa e essa dupla vai continuar a ser aposta porque, na segunda parte, a principal alternativa (Nehuén Pérez) caiu no relvado com uma suspeita de lesão no tendão de Aquiles, pouco depois de ter entrado. Esse foi o momento negativo da noite para os azuis e brancos, que já tinham muito com que se preocupar no boletim clínico antes desta partida.
Sem laterais-direitos (Martim Fernandes e Alberto Costa estão de fora), o técnico portista adaptou Pablo Rosario à posição, manteve Rodrigo Mora no onze e o F. C. Porto entrou com o ritmo habitual desde o início da época, em grande velocidade à procura do golo, mas sentiu alguns problemas perante a boa organização defensiva insular.
Mora assustou o guarda-redes Lucas França aos 12 minutos, já depois de Borja Sainz ter visto um golo bem anulado por fora de jogo, e o 1-0 surgiu com naturalidade por volta da meia hora, num penálti descortinado pelo VAR, que Samu converteu. O remate certeiro do espanhol desbloqueou o marcador, mas não deitou abaixo a equipa madeirense, que continuou a ir a todas e a tentar pressionar alto a saída de bola dos dragões. Perto do intervalo, Diogo Costa teve de se aplicar para evitar o empate num tiro colocado de Laabidi.
A segunda parte manteve a boa resposta do Nacional ao natural domínio dos portistas, cujo ânimo sofreu um golpe com a lesão de Nehuén, que entrara para lateral (Rosario passou para o miolo com a saída de Alan Varela). Os visitantes acreditaram e subiram no terreno, expondo-se aos contra-ataques do F. C. Porto, que não resultaram em golo porque Pepê e Gabri Veiga viveram noite desinspirada. O extremo brasileiro jogou a 100 à hora, tal como Borja Sainz, mas faltou-lhes num par de lances o discernimento para matar a partida e evitar calafrios que, valha a verdade, o Nacional não chegou a provocar nos minutos finais.
Mais:
Froholdt voltou a estar em todo o lado. Rosario cumpriu como lateral e Zaidu entrou bem, tal como Gul. Zé Vítor e Léo controlaram Samu.
Menos:
Rodrigo Mora viu-se pouco, mas Gabri Veiga não fez melhor. Francisco Moura está longe da melhor forma. João Aurélio fez falta desnecessária no lance do penálti.
Arbitragem:
Godinho fez jus ao estatuto de vilão no Dragão num penálti que pareceu claro sobre Samu. No que realmente foi assinalado, o VAR ajudou-o.