De acordo com a imprensa internacional, os clubes profissionais permitiram que os jogadores estrangeiros deixem Israel. Miguel Vítor, esta segunda-feira, juntar-se-á ao leque de portugueses que já abandonaram o país.
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Depois dos compatriotas Kiko Bondoso, Miguel Silva e Samba Candé, o luso Miguel Vítor, que alinha no Hapoel Beer Sheeva, é o próximo jogador à espera para deixar Israel. Numa publicação na rede social Instagram, o antigo central do Benfica confessou estar a aguardar voo para regressar a Portugal.
"Neste momento, estou à espera do voo para Portugal para me juntar à minha família. Mas o meu coração e pensamentos permanecem com os meus amigos e com todo o povo de Israel. É difícil escolher palavras para descrever a raiva e a tristeza que sinto, porque nenhuma parece suficiente", escreveu o defesa, na conta de Instagram.
"O meu pensamento está com as vitímas, e as suas famílias e amigos. As minhas profundas condolências e coragem para enfrentar os dias que virão", completou Miguel Vítor, naturalizado israelita, que joga no clube desde a temporada 2016/17.
Face ao conflito armado entre Israel e o grupo islâmico Hamas, os clubes permitiram que os jogadores estrangeiros deixassem o país. Desconhecido é ainda o futuro de André Teixeira e Hélder Lopes, atletas lusos que também atuam na principal divisão israelita.
Este domingo, em comunicado, a UEFA adiou alguns dos encontros das seleções israelitas de futebol de outubro, entre os quais o Israel-Suíça, referente ao apuramento para o Euro2024. Para além desse jogo, inicialmente marcado para 12 de outubro, o organismo que tutela o futebol na Europa adiou os encontros da seleção sub-21 e o minitorneio de seleções sub-17, envolvendo Israel, Bélgica, País de Gales e Gibraltar.
"A UEFA vai continuar a monitorizar a situação e manter-se-á em contacto com todas as seleções envolvidas antes de tomar decisões sobre novas datas e eventuais alterações a outros jogos calendarizados", pode ler-se ainda no comunicado.
No mais recente balanço, o Ministério da Saúde israelita estimou que o número de mortos em Israel na sequência do ataque do Hamas ultrapassa os 700, registando-se ainda 2.243 feridos, 365 deles em estado considerado grave.