Sucesso no F. C. Porto abriu-lhe as portas para uma carreira sem fronteiras na Europa.
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Na próxima quinta-feira, dia 26 de janeiro, José Mourinho festeja 60 anos e não há adepto de futebol que não reconheça nele uma figura incontornável do desporto rei. Com mais de 22 anos de carreira como treinador principal e 26 títulos coletivos e seis individuais, o treinador sadino ultrapassou a fasquia dos mil jogos na carreira, em setembro de 2021, ao serviço do Roma. Este domingo faz o 1076.º jogo contra o Spezia, somando até lá 678 vitórias, 215 empates e 182 derrotas, ou seja, 63% de triunfos, 20% de empates e 17% de desaires.
Ao primeiro título nacional alcançado pelo F. C. Porto, em 2002/03, somou páginas históricas sucessivas. A primeira em Sevilha com a conquista da Taça UEFA contra o Celtic. A seguir veio a caminhada para o triunfo na Liga dos Campeões marcada pela eliminação do Manchester United (1-1), em Old Trafford, com um golo de Costinha, que levou Mourinho a sair do banco, numa correria mítica, para festejar um golo histórico. Segue-se uma vitória sobre o Deportivo, nas meias-finais, com um golo de Derlei, no Riazor, antes da chegar à final da Champions de Gelsenkirchen onde venceu o Mónaco (3-0).
Lançado na cena internacional, Mourinho fez-se "Special One" e chega ao Chelsea para prosseguir na senda do sucesso, devolvendo o título de campeão de Inglaterra aos "blues" 50 anos depois, reeditando o feito na época seguinte, somando-lhe uma Taça de Inglaterra, uma Supertaça e uma Taça da Liga na primeira passagem de azul pela Premier League.
A etapa italiana chega em 2008, com o Inter e uma vitória contra a Roma, na Supertaça, no desempate por penáltis, antes de iniciar a caminhada para o primeiro título de campeão na Série A. Na época seguinte (2009/10) é a vez da conquista da segunda Champions com uma vitória sobre o Bayern Munique, com dois golos de Diego Milito, depois de ter dado uma lição tática em Barcelona, nas meias-finais, apenas com dez jogadores.
O Real Madrid contrata-o e junta-o ao CR7 no combate ao super Barça de Pep Guardiola e Messi. Em três temporadas ganha uma Liga - quebrando todos os recordes rumo ao título -, uma Supertaça e uma Taça do Rei, antes de regressar ao Chelsea e à Premier League. Em três épocas soma mais um título de campeão inglês e uma Taça da Liga (2014/15) e deixa o banco dos "blues" para abraçar o Manchester United do pós Ferguson. Os títulos só surgem na primeira temporada (2016/17), vence a Supertaça e a Taça da Liga, antes de lhe juntar uma Liga Europa, saindo duas épocas depois para o Tottenham, onde passa mais discretamente, antes de se relançar no Roma, no regresso à Série A para vencer a Liga Conferência em 2021/22. Mesmo aos 60 anos, continua a ser especial.