Antigo guarda-redes espanhol, de 57 anos, faz depoimento comovente sobre a doença degenerativa que lhe limita os movimentos.
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Juan Carlos Unzué, de 57 anos, fez carreira como guarda-redes no Sevilha e Osasuna, entre outros, foi treinador adjunto no Celta de Vigo, no Barcelona e na seleção espanhola e, agora, vive o drama de sofrer com uma esclerose lateral amiotrófica, doença degenerativa que lhe afeta os movimentos. Desde 2019, quando o antigo futebolista soube do diagnóstico, a vida tem sido marcada por muitas condicionantes.
"Tenho a sensação que já tenho esta doença há muito tempo. Foi algo que condicionou, de certa maneira, muitas pessoas à minha volta. E, pelo que percebi, não conseguirei ter qualidade de vida suficiente para continuar a desfrutar. Prefiro morrer um pouco mais cedo e com a sensação de que consegui viver uma vida plena, que é aquilo que sinto hoje", adiantou Unzué, num depoimento marcante ao programa espanhol "59 segundos".
O antigo guarda-redes espanhol recordou ainda os primeiros sinais que confirmariam, depois, o diagnóstico de uma esclerose lateral amiotrófica. "Estava a orientar o Celta de Vigo e, a meio da temporada, comecei a sentir um cansaço exagerado. Decidi descansar um pouco. Dois ou três meses depois, um dos meus dedos da mão esquerda começou a funcionar de forma diferente dos outros. O mesmo aconteceu, mais tarde, com um dedo do pé. 18 meses depois, os médicos disseram-me que sofria de esclerose lateral amiotrófica".