
O Benfica venceu o Sporting este domingo
Gerardo Santos / Global Imagens
Darwin marcou e fez jogar o Benfica, que venceu em Alvalade de forma justa. Águias deram sinal de consistência na luta pelo segundo lugar.
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Um golo de requinte de Darwin, que ganhou a bola a Luís Neto e a Coates e a seguir fez uma chapelada a Adán, e um remate certeiro de Gil Dias, no último suspiro do dérbi, permitiram ao Benfica vencer em Alvalade e manter-se, para já, na luta pelo segundo lugar. Do lado contrário, o Sporting despista-se da luta pelo título e só por milagre poderá recuperar os nove pontos de desvantagem para o F. C. Porto. Os encarnados não foram mais dominadores, mas revelaram-se eficazes, preenchendo também melhor os espaços. Uma vitória justíssima que, depois do empate em Liverpool, traz algum estado de graça a Nélson Veríssimo, ao mostrar dotes na preparação e gestão do dérbi.
O Sporting pecou pela falta de organização defensiva e ofensiva e pela quebra de vários pesos pesados, casos de Sarabia e de Pedro Gonçalves, que quase nunca conseguiram pegar no jogo. Nas águias, Darwin continua a ser uma pedra basilar. Marcou, fez jogar e, além do golo, foi quase um dos únicos a levar a bola para a frente com segurança. Abriu o marcador ao privilegiar um lançamento longo de Vertonghen e fez o que bem lhe apeteceu da defesa leonina, aos 14 minutos, batendo Adán. Com o onze mais forte, o Sporting que, até aquela altura, dividiu o jogo, passou a ter mais bola mas não teve uma verdadeira oportunidade de chegar ao empate. Os únicos que ameaçaram a baliza de Vlachodimos foram Paulinho e Gonçalo Inácio. Já o Benfica, que teve muito espaço nas costas dos avançados, quase ampliou a vantagem num pontapé forte de Diogo Gonçalves, que Adán defendeu para canto.
O segundo período começou de forma elétrica. Primeiro, Everton, num remate perigoso e, depois, Sarabia, que acertou no poste, quase fizeram golo. Alvalade veio abaixo e houve espetáculo até ao fim. No banco, Amorim, bastante insatisfeito, fez várias trocas individuais e táticas, algumas arriscadas, mas o Benfica conseguia manter a baliza bem guardada. Por outro lado, conseguiu, em um par de ocasiões, soberanas oportunidades para aumentar a vantagem, como, por exemplo, num lance de Everton que esbarrou em Adán.
Já os leões, que lutavam de forma atabalhoada por uma maior profundidade no campo, foram quase sempre uma desilusão. A entrada de Slimani trouxe mais agressividade mas foi só isso. No banco das águias, Veríssimo foi mais calculista e esperou até mais tarde para mexer. Paulo Bernardo garantiu mais segurança, enquanto João Mário, muito assobiado, acrescentou tranquilidade e, acima de tudo, posse de bola. Nos descontos, o Benfica matou o jogo, aproveitando lacunas evidentes na defesa do Sporting: Darwin (quem mais poderia ser?) serviu Gil Dias para um golo fácil.
Mais: Com um golo e uma assistência, Darwin mostrou mais uma vez que será quase impossível ficar no Benfica na próxima época. A defesa encarnada esteve também irrepreensível.
Menos: O Sporting esteve abaixo das expectativas. Nem sequer Sarabia, o melhor jogador dos leões, nesta temporada, mostrou argumentos. Coates e Neto estiveram mal no primeiro golo.
Árbitro: Arbitragem com alguns erros, mas sem manchar a justiça do resultado. O jogo foi correto, sem quezílias, com cinco amarelos.
Veja o resumo do jogo:
https://jn.vsports.pt/embd/76173/m/9153/jn/185e6b9d0389219bdfbfe11e7b13252a?autostart=false
