Comunidade portuguesa vibra com a final da Liga das Nações entre Portugal e a Espanha.
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Quando a seleção chega à cidade, a diáspora não falha e abraça os portadores do sonho de uma nação. Em Munique são seis mil, não são muitos, mas parecem mais. O Luís trabalha num talho e agora vai todos os dias com a camisola de Portugal. O Carlos segue bem de perto o trabalho dos jornalistas para tentar estar sempre perto do local onde os jogadores estão instalados. O Manuel é dono de um restaurante português e já tem a sala cheia para no domingo receber mais umas dezenas de corações lusos emocionados a assistir ao jogo das quinas. O Daniel e a Filipa fizeram uma viagem de dois dias de Londres até Munique só para a ver a equipa portuguesa brilhar.
Eles dizem que sentem ainda mais a seleção porque estão longe. Hoje estão perto, mas normalmente estão longe. Sentem que a seleção é como "um exército que representa o povo a entrar em campo e que é preciso derrotar o inimigo". Quase como se fosse uma "afirmação da nacionalidade". Não se importam de gastar um bom pedaço de ordenado em viagens e em bilhetes só por causa de um amor incondicional. Antes do jogo, tentam seguir a equipa para todo o lado. Do treino até ao hotel à espera de um autógrafo, uma selfie ou um pequeno aceno de um jogador. E muitas vezes não recebem o que pretendem, mas continuam a apoiar com o mesmo sorriso.
As mais altas figuras do estado português estão a caminho da Alemanha para celebrar o dia de Camões e das comunidades portuguesas e assistir à final da Liga das Nações. Muitos dizem que se tivessem a oportunidade de dizer algo ao primeiro-ministro ou ao presidente da república, pediam "mais oportunidades". A falta de oportunidades e condições, é a principal razão por terem emigrado. A saudade está presente no dia a dia destas pessoas que se refugiam no amor que têm à seleção para se aproximarem do seu país.