"Liga dos Campeões no Porto tem um retorno de comunicação de 50 milhões de euros"
Luís Pedro Martins, presidente do Turismo do Porto e do Norte de Portugal, considera muito positivo a realização da final da Liga dos Campeões na cidade do Porto.
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Os hotéis estão perto da sua capacidade máxima e o retorno promete, a curto e médio prazo, ser grande, graças à publicidade gratuita do evento. Relativamente às condições sanitárias, revelou que as autoridades têm de obrigar os adeptos a cumprir todas as regras.
Faltam poucos dias para a final da Liga dos Campeões e já é possível ver adeptos ingleses na cidade do Porto. Falhou a hipótese de haver uma bolha sanitária na cidade?
Não. A partir do momento em que as portas foram reabertas há poucos dias ao mercado britânico, qualquer cidadão de Inglaterra pode estar em qualquer ponto de Portugal. Se podem ir para todo o lado, por que razão o Porto seria exceção? Não pode ser exceção. É uma discussão sem sentido. Acresce dizer que todos os estrangeiros fazem teste PCR no país de origem, antes de fazer a viagem.
Qual vai ser a taxa de ocupação em hotéis graças à final da Champions?
Cerca de 76%. Um valor muito mais alto do que o que se verificava há algumas semanas, nessa altura estava em 15%. Nesse aspeto, o saldo é muito positivo. Por exemplo, há duas unidades que estão cheias apenas com responsáveis da UEFA. E há outras repletas com as comitivas dos dois clubes.
Qual é o retorno esperado pela região com este evento?
Esta final vale um retorno de comunicação e de promoção de um valor não inferior a 50 milhões de euros. Pode até ser mais, 60 ou 70. O jogo vai ser visto por milhões de pessoas. Poupa-nos dinheiro que seria utilizado na promoção.
A UEFA promete estar bastante atenta às regras sanitárias.
Não é possível, neste momento, às autoridades portuguesas distinguir entre os ingleses que vieram passear e os que estão para ver o jogo. Sobre as condições sanitárias, cabe às autoridades policiais fazer cumprir as regras. Devem seguir-se algumas diretrizes, como evitar aglomerações de pessoas. Não faz sentido colocar ecrãs gigantes ou criar fanzones, exceto as que são organizadas pela UEFA e por outras instâncias.