A Liga Portugal entregou, esta quarta-feira, à Autoridade da Concorrência a proposta para a centralização dos direitos televisivos dos dois principais campeonatos do futebol português.
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Em comunicado, a entidade salienta o facto de o projeto estar pronto "com uma antecipação de 11 meses", "assinalando um marco relevante neste processo estratégico para o futuro do futebol profissional em Portugal".
A entrega do documento foi formalizada pelo presidente da Liga Portugal, Reinaldo Teixeira, e pelo Diretor Executivo André Mosqueira do Amaral, assim como por representantes do Conselho de Administração da Liga Centralização.
"A proposta foi aprovada por unanimidade pelo Conselho de Administração da Liga Centralização, constituído por FC Alverca, FC Porto, SC Braga, Sporting CP, Vitória SC, CD Feirense, Leixões SC e Marítimo, com o conhecimento de todas as Sociedades Desportivas do Futebol Profissional e da Federação Portuguesa de Futebol, sendo o reflexo do intenso trabalho desenvolvido desde a tomada de posse da atual Direção Executiva da Liga Portugal, há precisamente 104 dias, período durante o qual foram dados passos firmes e determinados com vista à concretização deste objetivo prioritário", lê-se na nota.
O documento acrescenta que "a atual liderança da Liga Portugal procedeu à atualização de pressupostos e introduziu alterações estratégicas relevantes, assentes numa auscultação abrangente do mercado e num trabalho de campo que procurou garantir alinhamento com as melhores práticas internacionais e a máxima flexibilidade de aplicação futura", sublinhando que "foram realizadas reuniões com responsáveis máximos de processos de centralização nas principais Ligas Europeias e noutras com experiência recente em processos de venda, com operadores em atividade no mercado nacional e potenciais broadcasters internacionais, quer em canais lineares quer em plataformas de streaming".
"A este trabalho juntaram-se encontros com agências internacionais com experiência consolidada na gestão de grandes ativos audiovisuais, no futebol e noutras modalidades, bem como reuniões com o Governo, o IPDJ, a Autoridade da Concorrência e as principais forças de autoridade, incluindo os comandos nacionais da PSP, GNR, Polícia Judiciária, SIS e Proteção Civil", acrescenta o comunicado.
A proposta será agora analisada pela Autoridade da Concorrência.