João Carlos Teixeira e Secretário revelam os motivos do Liverpool e Real Madrid serem clubes carismáticos.
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Numa era onde os clubes mais endinheirados começam a dominar o futebol, os adeptos não esquecem os mais ricos em história, aqueles que contam com uma legião de adeptos por todo o Mundo e ainda colecionam títulos no museu. Liverpool e Real Madrid fazem parte desse lote e competem hoje (20 horas, Eleven Sports 1/TVI), na final da Liga dos Campeões.
Para Carlos Secretário, antigo defesa do Real Madrid e F. C. Porto, o clube espanhol é adorado pela dimensão à escala planetária. "Tem uma visibilidade enorme, um estádio fantástico e os melhores jogadores do Mundo", explica, ao JN. O passado faz com que o Real Madrid seja dos clubes mais apoiados pelas novas gerações, fruto das 13 Ligas dos Campeões no palmarés e por ter sempre jogadores carismáticos.
João Carlos Teixeira, médio do Famalicão, passou uma época no Liverpool e destaca a "mística envolvente dos adeptos em relação ao clube e à cidade". "Quando se entra em Anfield [estádio dos "reds"] sente-se uma sensação especial porque nota-se paixão", explica, ao JN. O apoio fervoroso do público é algo comum nos dois clubes. Secretário recorda um Real Madrid-Barcelona, em que "houve pessoas que passaram três dias numa fila, com sacos cama, para conseguirem bilhetes". João Carlos Teixeira entende que "há uma relação muito próxima entre os adeptos e os jogadores", considerando que estes fazem parte daquilo que é a imagem de marca do clube inglês.
Por vezes o público pode ser implacável e no Real Madrid isso é usual. "É muito exigente e não perdoa, eu tive essa experiência. Eles cobram porque no Real só jogam os melhores", aponta Secretário. No Liverpool, João Carlos Teixeira considera ser diferente, visto que "os adeptos são o apoio e não a crítica".
Merengues lideram
No aspeto económico, segundo um relatório do Football Benchmark, o Real Madrid cresceu 9% em relação ao ano passado, estando avaliado em 3,184 milhões de euros. Do outro lado, o Liverpool valorizou-se em 12%, tendo um valor de 2,556 milhões. Os espanhóis lideram o ranking e os ingleses estão em quinto lugar.