Luís Castro vê em Ronaldo "um exemplo" e fala da evolução saudita: "Não é só dinheiro"
Em entrevista ao canal de Youtube “GOAT”, Luís Castro negou que Ronaldo tenha tido influência na sua contratação, disse acreditar que a Liga saudita se irá tornar numa das melhores do mundo e garantiu que não é só o dinheiro que tem levado alguns craques a mudarem-se para o Médio Oriente.
Corpo do artigo
O treinador português, que recentemente trocou o líder do Brasileirão, Botafogo, pelo Al Nassr, da Arábia Saudita, não subscreve a teoria de que Cristiano Ronaldo teve influência na sua contratação pelo clube de Riade.
“Não vou validar essa ideia porque ele nunca mo disse”, sublinhou Luís Castro, antes de elogiar o internacional português pelo “foco diário" que tem no futebol. “Transmite uma energia ao jogo e aos colegas que é contagiante. Acho fantástico o exemplo que ele é no dia a dia de treino, na recuperação e nos cuidados a ter para voltar a jogo. É esse jogador que pode ir aos limites dele próprio, porque ele conhece os seus limites”, pormenorizou.
Questionado sobre o recente crescimento da Liga saudita, às custas sobretudo de uma aposta governamental que destinou toneladas de dinheiro para recrutar alguns nomes importantes do futebol mundial, como Cristiano Ronaldo ou Neymar, Luís Castro preferiu não fazer futurologia quanto ao nível que a prova pode atingir, mas tem uma certeza: “Se a Arábia Saudita tem, neste momento, alguns dos melhores jogadores do mundo, claramente vai ser das melhores ligas do mundo”.
Esse recrutamento tem sido feito com recurso a salários sem paralelo na história do futebol. No atual top 10 de atletas mais bem pagos do mundo, oito atuam por clubes sauditas, numa lista liderada por Cristiano Ronaldo e Karim Benzema (Al Ittihad), ambos com um ordenado que ronda os 200 milhões de euros anuais.
Apesar desta realidade, Luís Castro defende que “não é só o dinheiro” que justifica esta mudança de paradigma no futebol. “As pessoas insistem em dizer que é só dinheiro e nós devemos combater essa ideia enquanto o conseguirmos fazer. Quando não conseguimos combater, devemos deixar que as pessoas caminhem por onde quiserem”, comentou.