Quando se trata de subidas à 1-ª Liga, rei só há um, o saudoso Vítor Oliveira. No entanto, um jogador começa a ser os amuletos das equipas em que está inserido. Com a subida do Santa Clara, o defesa Luís Rocha, soma a quinta subida ao primeiro escalão e a terceira consecutiva.
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Cada vez mais, jogadores e treinadores optam por ficar em equipas que lutam pela subida na segunda divisão portuguesa, ao invés de equipas a batalhar pela permanência no primeiro patamar. Os contras são óbvios, como a menor exposição em comparação com a liga principal, mas há também muitos benefícios. Desde logo, a oportunidade de conquistar vitórias e também a compensação financeira que acaba por ser maior, juntando o bónus da subida de divisão.
Na subida do Santa Clara, encontramos um jogador que começa a ser o talismã das equipas que têm como ambição a ascensão. Luís Rocha, com o sucesso da mais recente temporada, conquistou a terceira subida consecutiva e a quinta nas últimas seis épocas.
A proeza começou em 2018/19, ao serviço do Famalicão de Sérgio Vieira, onde juntos conquistaram o segundo lugar e a promoção imediata. O técnico não subiu com a equipa e mudou-se para Faro na temporada seguinte. Luís Rocha não quis ficar para trás e foi emprestado ao Farense, onde repetiram o mesmo feito da época transata.
Mudou-se para Chaves, e a primeira experiência correu bem a nível individual, mas não coletivamente. Foi o jogador de mais confiança por parte de Vítor Campelos, somando mais jogos do que qualquer outro e conseguiu ainda colocar-se como terceiro melhor marcador da equipa, um feito de destaque sendo defesa-central.
Não satisfeito, continuou com os transmontanos e conseguiu o objetivo proposto. Os flavienses terminaram em terceiros na tabela classificativa e aproveitaram a criação do play-off de promoção/despromoção na edição passada, onde derrotaram o Moreirense, por 2-1 no agregado total.
Apostou nos serviços do central, a equipa que viu bem de perto as valias. Mudou-se para Moreira de Cónegos e conquistou, pela primeira vez, o troféu de campeão da segunda divisão portuguesa, apesar das anteriores subidas.
Seguiram-se os Açores, onde o desfecho não foi diferente. Ainda não terminou a época, mas já garantiu o regresso à primeira divisão do Santa Clara. Falta apenas um último jogo (sábado, frente ao UD Leiria), e uma vitória signfica a conquista do segundo título na carreira. Com 37 anos, a idade não se sente em Luís Rocha, sendo o comandante da defesa menos batida da segunda divisão.
Os próximos capítulos são desconhecidos, mas presume-se continuar a manter o legado que está a construir na segunda divisão. Ainda falta muito para alcançar o rei Vítor Oliveira, que conquistou 11 subidas de patamar, mas fica como o príncipe algo que certamente lhe assenta bem.