Carlos Queiroz chegou anteontem a Portugal e não perdeu tempo, reunindo-se, ontem, sábado, com o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto Madail. O técnico será ouvido, na semana que agora se inicia, pelo Conselho de Disciplina.
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O encontro durou mais de duas horas. Ao que o JN apurou, serviu para fazer um ponto da situação em relação à turbulência gerada em torno do seleccionador nacional, que está sob alçada disciplinar, depois de terem sido conhecidas alegadas declarações insultuosas proferidas aquando de um controlo antidopagem efectuado na Covilhã, numa altura em que a selecção das quinas se encontrava em pleno estágio para o Mundial da África do Sul.
Da reunião entre Gilberto Madail e Carlos Queiroz - que, à chegada a Portugal, após um período de férias em Moçambique, identificou como prioridade conversar com o presidente da FPF -, saiu uma certeza: o treinador que conduziu a selecção aos oitavos-de-final do Campeonato do Mundo será ouvido, durante a semana que agora se inicia, pelo Conselho de Disciplina.
Este processo, conduzido pela primeira instância da justiça federativa, poderá levar a uma punição severa. Conforme o JN escreveu na edição de ontem, a margem de manobra de Carlos Queiroz é muito reduzida. Isto porque, independentemente do castigo a aplicar, na última reunião de Direcção da FPF, realizada anteontem, os dirigentes manifestaram-se no sentido da saída do seleccionador.
Logicamente, há um problema de resolução delicada. Se não houver motivos para um despedimento com justa causa, para largar o cargo, Carlos Queiroz terá de ser ressarcido com um avultada indemnização, cifrada em 3,2 milhões de euros...