Reviravolta no Estoril devolve terceiro lugar da liga aos dragões. Primeira parte teve um penálti para cada lado e foi o jovem atacante de 17 anos a resolver o jogo com um golo soberbo.
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Pela primeira vez na era Anselmi, o F. C. Porto soma duas vitórias seguidas e a que conseguiu no Estoril voltou a ser arrancada a ferros. Os dragões começaram por dar mais um tiro no pé, neste caso no braço de Marcano, que ofereceu um penálti à equipa da casa logo aos 15 minutos, mas tiveram capacidade para dar a volta ao marcador. O resultado justifica-se pela subida de rendimento dos portistas numa segunda parte abrilhantada pela grande finalização de Rodrigo Mora, na jogada mais vistosa do encontro.
Verdade seja dita que o Estoril pouco fez para chegar ao golo e muito menos a uma vantagem inicial passível de tirar tranquilidade a um F. C. Porto que, como diz o treinador argentino, precisa de aprender a ganhar aos adversários e a si próprio. Depois de Pepê ter desperdiçado um lance em que surgiu isolado na cara do guarda-redes estorilista, o erro de Marcano acordou fantasmas sempre prontos a atormentar os azuis e brancos.
Em cima do intervalo, outro braço na bola, desta vez de Holsgrove, na área canarinha, permitiu a Samu empatar de penálti, abrindo caminho a uma reviravolta no marcador que o início do segundo tempo fazia adivinhar, mesmo quando Diogo Costa defendeu com segurança um tiro de Guitane, no único remate perigoso do Estoril.
Nessa fase, o F. C. Porto foi capaz de ligar algum jogo ofensivo, sobretudo pelos pés de Fábio Vieira, que ofereceu um golo a Nehuén Pérez um minuto antes de Mora ter feito o 2-1, de forma soberba. O lance começou numa transição que o Estoril desperdiçou e que gerou um desequilíbrio bem aproveitado pelos portistas para construir uma vantagem já merecida no marcador.
A ganhar, Martín Anselmi esperou uns minutos pelo terceiro golo, que só esteve perto de surgir num erro caricato do guarda-redes Chamorro, e depois segurou os três pontos com substituições em que a equipa portista ganhou em frescura física o que perdeu em qualidade. A última, já nos descontos, de Eustaquio por Zé Pedro, acabou mesmo por ser decisiva, pois foi o central a evitar o empate, no canto do cisne estorilista. Diogo Costa falhou a saída, mas Zé Pedro estava lá para cortar uma bola perdida nas alturas.
Mais
Samu trabalhou para a equipa no ataque portista e foi eficaz no penálti. A qualidade técnica de Fábio Vieira e Mora saltou à vista.
Menos
Marcano só errou uma vez, mas chegou para oferecer o penálti que deu o 1-0 ao Estoril. João Carvalho passou despercebido na equipa da casa.
Arbitragem
O VAR salvou Hélder Malheiro nos penáltis. O braço na bola de Holsgrove é menos evidente do que o de Marcano, mas a famosa volumetria tramou o médio estorilista.