O presidente da República e o primeiro-ministro condenaram os insultos racistas de que o portista Moussa Marega foi alvo, no domingo, no jogo frente ao Vitória de Guimarães.
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"A Constituição da República Portuguesa é muito clara na condenação do racismo, assim como de outras formas de xenofobia e discriminação, e o povo português sabe, até por experiência histórica, que o caminho do racismo, da xenofobia, e da discriminação, além de representar a violação da dignidade da pessoa humana e dos seus direitos fundamentais, é um caminho dramático em termos de cultura, civilização e de paz social", considerou Marcelo Rebelo de Sousa, a partir do Dubai, acrescentando que só pode "condenar, como sempre, veementemente, todas as manifestações racistas, quaisquer que sejam".
O presidente da República apelou ainda "à ética, ao sentido cívico e ao bom senso, para que se evitem em Portugal escaladas que violem valores básicos da nossa comunidade e só possam contribuir para a divisão fratricida entre os portugueses".
Por sua vez, António Costa manifestou "total solidariedade" com o "grande cidadão" e jogador do F. C. Porto. "Todos e quaisquer atos de racismo são crime e intoleráveis. Nenhum ser humano deve ser sujeito a esta humilhação. Ninguém pode ficar indiferente. Condeno todos e quaisquer atos de racismo, em quaisquer circunstâncias", escreveu o primeiro-ministro no Twitter.
Marega pediu para ser substituído, ao minuto 71 do jogo da 21.ª jornada da I Liga, entre o F. C. Porto e o Vitória de Guimarães, por ter ouvido cânticos e gritos racistas de adeptos da formação vimaranense, numa altura em que os dragões venciam por 2-1, resultado com que terminaria o encontro. Jogadores de ambas as equipas tentaram demovê-lo, mas Marega mostrou-se irredutível na decisão de abandonar o jogo.
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