O presidente do Marítimo, Carlos Pereira, disse esta sexta-feira acreditar que a equipa irá jogar o que resta da Liga no estádio, na Madeira, que poderá nem ser vistoriado, por ser de nível 1 e até propôs à Federação Portuguesa de Futebol receber a final da Taça de Portugal.
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"Digo que o Marítimo vai jogar em casa. O Marítimo tem um estádio de nível 1, portanto, até nem precisará de vistorias e, provavelmente, vai jogar na Madeira. Esta é a nossa luta e é a força de todos nós conseguirmos isso, quase de certeza absoluta", defendeu, em conversa realizada na conta do Marítimo no Facebook.
O dirigente não consegue "aceitar" qualquer outro cenário e lembrou o investimento feito no estádio, o "último construído" em Portugal e que segue o protocolo da Direção-Geral da Saúde (DGS), deixando um comentário sobre a igualdade nas deslocações em comparação com as outras equipas.
"Se eles não podem andar de avião, o Marítimo também não pode. O Marítimo, para jogar lá, tem que ir de avião. Então, eles não podem vir cá de avião? Podem", salientou.
Carlos Pereira defendeu, ainda, a ideia de que "não devia haver mais futebol esta época". "Teria sido a solução mais acertada para podermos preparar a próxima como deve ser. Os atletas vão entrar psicologicamente com algum receio, porque a pandemia é uma coisa terrível", comentou o dirigente.
Durante a conversa, o presidente do Marítimo revelou ainda ter desafiado a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) a realizar a final da Taça de Portugal, entre Benfica e F. C. Porto, no estádio do clube, na Madeira.
A final estava inicialmente marcada para 24 de maio, mas foi adiada sem data, e já não se irá realizar no Estádio Nacional, em Oeiras, como habitualmente.
"Ontem [quinta-feira], fiz o desafio à FPF. A [final da] Taça de Portugal na Região Autónoma da Madeira, nesta 'fortaleza'. Seria também um momento histórico para a federação. Estou a lutar por esse objetivo, o presidente da A. F. [Associação de Futebol da Madeira], ontem, transmitiu isso e vamos continuar nessa luta para ver se conseguimos que aconteça", contou.
Carlos Pereira mencionou a intenção também manifestada por Rui Marote, presidente da A. F. da Madeira, que destacou o mérito e esforço do futebol madeirense e a qualidade do turismo na região."Era bem-vindo esse jogo à Madeira, era até um prémio para todo o trabalho que tem sido feito, não só pelos nossos clubes, como pela própria associação, e era a forma de termos aqui uma mais-valia que vinha beneficiar também o nosso turismo e as nossas unidades hoteleiras. A federação já tem conhecimento desta oportunidade", afirmou à RTP Madeira.