Em entrevista ao diário "Olé", Lionel Messi abriu o livro sobre as emoções vividas no Mundial do Catar. Os argentinos até começaram o torneio com um deslize, contra a Arábia Saudita, mas até esse contratempo jogou a favor dos atuais campeões do Mundo. O argentino abordou ainda o jogo com os Países Baixos e a possível presença no Mundial 2026.
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"Havia muita confiança porque vínhamos de dois títulos. Até o golpe com a Arábia nos fez bem, porque tínhamos um excesso de confiança de que sabíamos que íamos jogar cara a cara contra quem quer que fosse e que poderíamos vencer qualquer um. Mas deixou-nos mais alertas e fez-nos perceber o que estávamos a jogar, que um Mundial não é tão simples quanto parece e que qualquer seleção nos pode complicar. Hoje, depois de tudo e vendo como correu, o golpe com a Arábia foi bom para nós", começou por dizer o atacante, de 35 anos.
O argentino abordou ainda as críticas de falta de fair-play aos jogadores argentinos, que considera injustas.
"Parece-me injusto que esta mensagem se tenha instalado porque não é verdadeira. Porque ninguém nos deu nada de graça e sempre nos comportámos de maneira exemplar, dentro e fora do campo. E acho que falam pelo que aconteceu com os Países Baixos, que tudo começa aí. Mas ninguém analisa e fala nada sobre o que aconteceu antes do jogo com as declarações deles, o que aconteceu durante o jogo e o que aconteceu nos penáltis também. O que eles provocaram e quem não teve nenhum tipo de fair-play. Foram eles, quando repreenderam e quiseram apressar os nossos jogadores quando íamos cobrar os penáltis", afirmou.
Apesar de ser um dos jogadores mais aclamados da história, Messi não compreende porque tanta gente o queria ver a erguer o troféu de campeão mundial.
"Pensando um pouco no porquê disso, acho que é porque as pessoas viram tudo o que lutei para tentar alcançar aquele objetivo. Acho que o que vivi com a seleção argentina pareceu injusto para muitas pessoas. Não a nível de resultados, mas a nível de muita crítica, de muitos jornalistas a 'matarem-me'. Acho que as pessoas que me amam e me querem ver bem sempre gostaram do que tentei dar", acredita o argentino, destacando ainda o contributo de vários jogadores que acredita terem sido fundamentais para a conqusita, como Mac Allister, Enzo Fernández ou Álvarez.
O facto de conviver com Mbappé no PSG, que foi finalista derrotado do Mundial do Catar, Messi confessou que não abordou o assunto com o francês, porque sabe o que o se sente quando se está do lado derrotado.
"Nenhum de nós quer falar e trazer o assunto da final à baila. Eu também estive do outro lado, tinha perdido uma final também e não queria saber nada disso, do que tinha acontecido. Por isso também não quero falar. Mas a verdade é que não há nenhum problema com o Kylian, muito pelo contrário".
Quanto a uma possível presença no Mundial 2026, Messi ainda não tomou nenhuma decisão.
"Não sei, sempre disse que pela idade acho que é muito difícil chegar lá. Adoro jogar futebol, adoro o que faço e enquanto estiver bem e me sentir em forma e continuar a gostar, vou fazê-lo. Mas parece muito até ao próximo Mundial. Mas depende de como minha carreira continuar. Vou fazer 36 anos, vou ver para onde vai minha carreira, o que vou fazer e depende de muitas coisas", concluiu o jogador, de 35 anos.